Por que razão nascem tão poucas crianças ao fim de semana?
Nem sempre é o organismo da mãe e do bebé a decidir o momento do parto. Na verdade, estes ‘mandam’ menos a cada dia que passa.
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O nascimento de um filho é, em teoria, algo inesperado. O bebé nasce quando todas as condições estão reunidas para que tal aconteça e independentemente do momento que a mãe acha mais conveniente. Certo?
Na verdade, este pensamento está cada vez mais errado. Cada vez mais, os partos induzidos são uma realidade e as cesarianas se programam com alguma antecedência. A suficiente para que a mãe – e os médicos – não sejam apanhados de surpresa.
A análise do El País aos quase 2,3 milhões de nascimentos na comunidade autónoma de Madrid entre 1975 e 2010 permite concluir que há cada vez menos bebés a nascer ao fim de semana. Os dados dizem respeito à capital espanhola, mas não se refletirão apenas em Madrid.
“As cesarianas fazem-se de segunda a sexta. E há mais 30% dos casos em que provocamos o parto, porque é necessário, também de segunda a sexta”, explica o presidente da Sociedade Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia, certo de que “a taxa de cesarianas em Espanha é muito alta”.
No país de ‘nuestros hermanos’, nascem por cesariana 25% das crianças, uma percentagem em muito superior à recomendada pela Organização Mundial de Saúde (15%). Sobre a incidência de partos induzidos, os dados são escassos. Um estudo de 2012 aponta para uma percentagem de 19,4%, um número também considerado excessivo pela OMS.
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