Cientistas conseguiram pôr dois macacos com paralisia cerebral a andar depois de um implante cerebral.
Um manteve-se de pé cerca de seis dias depois de a sua espinal medula ter sido parcialmente cortada enquanto o outro aguentou cerca de duas semanas.
O feito está a ser visto como um grande desenvolvimento na busca para tratamentos para pessoas que perderam a capacidade de mover os seus membros devido a acidentes ou a AVC.
Os médicos esperam que o dispositivo – implante chamado ‘interface cérebro-coluna’ - possa em breve permitir que os portadores de deficiência grave recuperem o movimento dos seus braços e pernas.
O implante, como o nome indica, atua como uma ponte sem fios entre o cérebro e a coluna.
Deteta os neurónios a funcionar no córtex motor - que controla o movimento - e envia a informação para uma matriz semelhante de elétrodos nas colunas dos ‘macacos rhesus’.
Como reporta o Express britânico, estes implantes foram colocados em 'hotspots' na região lombar e são responsáveis pela flexão e extensão dos músculos das pernas.
Os cientistas localizaram-nos abaixo da lesão - uma lesão parcial que separou os nervos de um lado paralisando uma única perna em cada macaco.
Esta é a primeira vez que este métodos foi usado para restaurar os padrões complexos de ativação muscular da perna e a coordenação envolvida em andar.
Um dos macacos recuperou alguma função das pernas na primeira semana após a lesão sem treino – tanto na passadeira como no chão – e o outro precisou de quinze dias para recuperar ao mesmo nível.