Cabeceamentos provocam perda temporária de memória, conclui estudo
Estudo sugere que cabecear uma bola de futebol pode afetar significativamente a função cerebral do jogador e a sua memória por cerca de 24 horas.
© Reuters
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Um grupo de investigadores da Universidade de Stirling, na Escócia, estudou o verdadeiro impacto do ato de cabecear uma bola de futebol repetidas vezes.
Vários especialistas e alguns estudos já haviam sugerido que esta ação era arriscada, especialmente para as crianças, mas este estudo foi o primeiro a detetar mudanças no cérebro após os cabeceamentos repetidos.
Como reporta a BBC, o estudo concluiu que cabecear uma bola de futebol repetidas vezes causa "pequenas, mas significantes mudanças no funcionamento do cérebro". Nomeadamente uma perda temporária de memória.
Publicado na revista EBioMedicine, o estudo conduzido pela Dra. Magdalena Ietswaard, neurocientista cognitiva, avaliou o impacto que cabecear uma bola de futebol 20 vezes tinha num período de 24h.
Para este estudo os investigadores dispararam bolas de futebol a partir de uma máquina projetada para simular o ritmo e poder de um pontapé de canto e pediu a um grupo de jogadores de futebol que cabeceassem a bola 20 vezes.
Os resultados apontaram que o desempenho da memória diminuiu entre 41% e 67% após o exercício das cabeçadas. Os efeitos desapareceram após um dia.
A Universidade de Stirling ainda está para investigar se os cabeceamentos representam um risco para a saúde a longo prazo – como acontece com o futebol americano e o boxe.
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