Um bom livro pode mudar uma vida e uma boa leitura pode ser o suficiente para acalmar ou trazer novas e mais inovadoras ideias. Ler ajuda a melhorar o vocabulário, estimula a memória, dá anos de vida… e permite decifrar melhor quem nos rodeia.
Uma recente publicação feita no Psychology of Aesthetics vem revelar que as pessoas que leem ficção literária têm uma melhor inteligência emocional, ou seja, são mais pragmáticos na avaliação de terceiros e, por isso, capazes de fazer melhores leituras sobre as pessoas que estão por perto.
Para o estudo, os investigadores do The New School for Social Research, em Nova Iorque, desafiaram um grupo de voluntários a revelar os autores literários que conheciam numa lista com 130 nomes, dos quais 65 correspondiam a autores de géneros literários. Depois de completarem esta tarefa, os mesmos voluntários realizaram um teste de inteligência emocional.
Como conta a New York Magazine, na sua página de Science of Us, os participantes que reconheceram um maior número de autores de literatura apresentaram um melhor resultado nos testes de inteligência emocional, o que leva os autores a crer que são mais hábeis e eficazes na hora de ‘ler’ os outros, sem cair em sentimentalismos ou na persuasão de terceiros.
A primeira parte deste estudo foi publicada em 2013 na Science, mas só este ano é que os autores conseguiram provar uma ligação entre o gosto por literatura e uma melhor e mais perspicaz inteligência emocional.