Disciplina militar pode curar dependência de internet

A necessidade de ter sempre o dispositivo móvel por perto – e com bateria, claro – é já um sinal de dependência em muitos casos. Mas há quem já tenha encontrado a solução.

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Daniela Costa Teixeira
18/08/2016 17:00 ‧ 18/08/2016 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle

Tratamentos

Estar ligado todo e qualquer segundo para não perder o que quer que seja que possa constar online. Esta é uma das necessidades mais comuns e mais atuais e a que melhor espelha os tempos modernos, aqueles em que tudo depende de um objeto com menos de 15 centímetros e que há um par de anos pouco mais fazia do que chamadas com ruído.

A dependência de internet não é reconhecida em grande parte dos países como um transtorno/problema clínico. Um pouco por todo o mundo, esta é uma situação que continua a ser ainda muito desvalorizada e pouco estudada pela ciência. Contudo, existem exceções.

Como conta o El Mundo, na China e no Japão esta é já uma dependência considerada clínica e requerente de tratamento… que passa por treino militar. Esta é uma das alternativas encontradas pelos governos dos dois países para travar uma tendência que pode ser mais penosa para a saúde e qualidade de vida do que as pessoas pensam.

Os jovens que são diagnosticados com este tipo de dependência, são encaminhados para campos de treino militar onde entra tudo menos telemóveis, tablets, computadores ou qualquer outro gadget que permita o mínimo acesso à web.

Em Pequim, o Daxing Boot é o campo de treino que mais jovens viciados na internet acolhe. Como contou o The Telegraph num artigo publicado no ano passado – e que surgiu depois de ter sido revelado o documentário Web Junkies – este acampamento terapêutico tem uma duração de três a seis meses e foca-se no trabalho do psiquiatra Tao Ran, que combina a disciplina militar com as técnicas tradicionais que são usadas no país para combater os vícios e que, em parte, passam pela proibição e jogo psicológico. E os resultados mostram-se positivos.

Mas esta dependência é geral e Portugal não é exceção. Em 2014, uma investigação levada a cabo pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada, que envolveu cerca de 900 jovens, entre os 14 e os 25 anos, mostra uma tendência preocupante: três em cada quatro jovens mostram já sinais de dependência da web. Nos casos mais graves poderá mesmo haver isolamento e episódios de violência. E como as crianças e jovens são os principais grupos de risco, há que estar atentos a sinais e a determinados comportamentos.

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