Há cerca de 20 milhões de procedimentos estéticos a serem realizados todos os anos. Entre as intervenções cirúrgicas, a lipoaspiração, o aumento do seios, a correção das pálpebras e nariz são as mais procuradas.

Ácido hialurónico e laser para a remoção de pelos estão entre as principais técnicas não invasivas.

Roger Vieira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da American Society of Plastic Surgeons (ASPS), revela os principais mitos geralmente associados às cirurgias plásticas.

A cirurgia plástica estética não precisa de preparação: Mito. O paciente precisa de ser avaliado e, como na maioria dos procedimentos cirúrgicos, é necessária preparação prévia. “Exames pré-operatórios e muita conversa são fundamentais”.

O inverno é a melhor época para a realização de cirurgia plástica: Verdade. Embora a época ideal seja determinada pelo próprio paciente, de acordo com sua disponibilidade e desejo, as cirurgias podem ser feitas em qualquer clima. "Em períodos mais frios, há menor exposição solar, o que evita manchas e cicatrizes marcadas."

Quem quer perder peso pode fazer lipoaspiração: Mito. Para quem está com excesso de peso recomenda-se, especialmente por motivos de saúde, que realize exercício físico e mude a alimentação. Em níveis mais graves, já considerados obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica pode ser necessária. “A lipoaspiração, contudo, é indicada para a eliminação de gordura localizada que, dificilmente, desaparece mesmo com exercício”, frisa Vieira. 

A lipoaspiração acaba com a celulite: Mito. A celulite aparece por fatores como hereditariedade, retenção de líquidos, problemas circulatórios e alterações hormonais. Sedentarismo, excesso de toxinas no organismo e má alimentação também contribuem para seu aparecimento. É importante ressaltar que a prevenção é o melhor remédio para evitá-la e há tratamentos a laser para aliviar os sinais, mas não para acabar com a celulite.

Maus hábitos e uso de medicamentos afetam as cirurgias: Verdade. “Quaisquer substâncias que possam aumentar riscos de eventos tromboembólicos, sejam medicamentos ou até o tabagismo, podem interferir no procedimento e na recuperação”, explica Vieira.