Três mitos do running desvendados
Joelhos, alongamentos e sem calçado.
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Lifestyle Explicação
- Comecei a correr há uns meses e vou participar na minha primeira meia-maratona.
- A sério que corres? Vais ficar com os joelhos numa desgraça!
Este poderia bem ser o curto diálogo entre um corredor e um amigo que não corre, a típica conversa de que a corrida faz mal e que exige uma série de truques e técnicas para que seja eficaz. Mas a verdade é esta e outras conversas não passam da prova de que os mitos do running continuam a fazer-se ouvir e a confundir as pessoas.
E os joelhos são o aspeto mais comum nos mitos relacionados com a corrida. Embora o impacto da passada fique centrado nos joelhos e estes fiquem mais suscetíveis a lesões, a ideia de que ficarão desgastados e destruídos é errada e a ciência tem as provas de que, na verdade, a corrida pode mesmo fortalecer os joelhos. Como revela o The Guardian, um estudo de 2013 – realizado nos Estados Unidos - provou que as pessoas que correm regularmente são menos propensas a desenvolver artrites do que as pessoas que caminham.
Uma outra ideia errada acerca do running é a de que é necessário alongar antes e depois da corrida. Aqui, a publicação recorre a uma revisão científica feita em 2011 que indica que os alongamentos têm pouco ou nenhum efeito na redução da dor muscular após a corrida. Além disso, a ciência carece ainda de evidências científicas que justifiquem a ideia de que os alongamentos ajudam a prevenir algumas lesões a nível de tendões e articulações.
Como não poderia deixar de ser, também o calçado de corrida é alvo de ideias erradas e teorias que não fazem sentido. Se é um jogo de interesses por parte das marcas? Talvez. Mas está na hora de acabar com o mito de que correr descalço – ou com um ténis que proporcione essa sensação – é mais segura do que correr com um calçado adequado.
Aqui, lê-se no The Guardian, existe o problema de acreditar que o corredor que corre ao natural coloca sempre o antepé no chão primeiro que o calcanhar e isso faz com que evite lesões, o que não é totalmente verdade, uma vez que a diferença entre usar o antepé e o calcanhar é mínima. Além disso, o processo de transição da corrida comum para a corrida ao natural implica que a pessoa ‘aprenda’ a correr e isso sim, faz com que evite lesões porque vai começar a correr corretamente, mas o mesmo pode acontecer se a pessoa quiser aprender a correr da forma mais correta com os ténis adequados.
Mas independentemente destes estudos e destes mitos, cada corredor deve procurar o apoio de um especialista tanto na escolha do calçado como no plano de treino, seja a nível de corrida como a nível de reforço muscular. O plano personalizado é a forma mais eficaz de melhorar a performance e de evitar lesões.
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