As terapêuticas não convencionais, também conhecidas como medicinas alternativas ou complementares, são cada vez mais uma opção por parte dos utentes. Falamos de acupuntura, fototerapia, naturopatia, osteopatia, quiropráxia e também de homeopatia.

A naturopatia e a homeopatia são as terapêuticas destacas por Diana Patrício no seu livro 'Pare, escute e mude' [Chá das Cinco], onde revela como é possível alcançar a plenitude, leia-se a saúde, o bem-estar e a felicidade, recorrendo a estas terapêuticas naturais.

Ao Lifestyle ao Minuto, a naturopata descreve brevemente cada uma destas medicinas alternativas. A naturopatia, diz, “é uma abordagem natural à nossa saúde e bastante abrangente, que vai buscar aquilo que a natureza nos disponibiliza, as plantas medicinais, os alimentos, os medicamentos naturais à base de vitaminas e minerais”.

Nesta terapêutica utilizam-se “mecanismos puramente naturais para restaurar o equilíbrio do corpo e atua também com técnicas de massagem, que ajudam a estimular determinadas zonas do corpo e, com isso, equilibrar alguns desequilíbrios”.

Já a homeopatia “é uma área mais específica e que pode ser utilizada no âmbito da naturopatia e que gera, aqui, mais controvérsia no mundo da medicina convencional porque a homeopatia consiste na preparação de medicamentos com base em compostos do reino mineral, do reino vegetal ou do reino animal e esses compostos são altamente diluídos até que a solução final, o medicamento final, não contenha qualquer molécula”.

De acordo com a especialista, “apesar de não existir qualquer molécula, alguma coisa fica naquele preparado homeopático que vai estimular o equilíbrio da saúde da pessoa e isso que fica é designado pelo Samuel Hahnemann – que foi o médico alemão que há dois séculos desenvolveu a homeopatia – por energia”.

“Agora, o que é essa energia, que partículas são essas que ficam no medicamento homeopático, nós ainda não sabemos muito bem, a ciência está neste momento a estudar. Mas existem muitos estudos científicos que dizem que a aplicação da homeopatia tem muitos bons resultados”, diz, frisando que, “há aqui um potencial, sim, que está comprovado por estudos e existem, sim, resultados, agora o que não se compreende é exatamente qual o mecanismo de ação, mas isso não deve ser uma razão para deixarmos de usar uma técnica que pode ajudar tanto a saúde das pessoas”.

No seu livro, Diana Patrício destaca como “a homeopatia, para além dos problemas físicos, trata o todo, ajuda em termos emocionais, em termos mentais e em termos físicos, porque o objetivo da homeopatia é encontrar o medicamento homeopático que abranja a totalidade de sintomas da pessoa”.

Mas, o que falta fazer em Portugal para que as terapias não convencionais passem a ser a primeira escolha dos portugueses e a primeira recomendação dos próprios médicos de família? “Para já, falta concluir-se a regulamentação, que ainda está a ser feita”.

Contudo, falta ainda “perceber quem são realmente os profissionais que têm a formação devida para exercer este tipo de terapia e falta, também, uma união entre os profissionais de todas as áreas, sejam elas da área convencional ou desta área”.

Ao Lifestyle ao Minuto, a especialista confessa ainda que “falta uma união dos terapeutas, dos médicos, para que possamos trabalhar todos em conjunto em prol da saúde das pessoas, porque eu acho que um dos maiores obstáculos é haver uma espécie de rivalidade que não faz qualquer sentido porque estamos todos a trabalhar em prol do mesmo, que é a saúde da pessoa. Talvez não seja uma coisa muito rápida, mas acredito que a médio ou longo prazo as coisas melhorem também neste sentido”.