Meteorologia

  • 17 MAIO 2024
Tempo
14º
MIN 12º MÁX 21º

Cientistas descobrem mecanismo celular na origem da infertilidade feminina

Uma equipa de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) descobriu, numa experiência com a mosca da fruta, o mecanismo numa estrutura das células que está na origem da infertilidade feminina.

Cientistas descobrem mecanismo celular na origem da infertilidade feminina
Notícias ao Minuto

20:00 - 26/05/16 por Lusa

Lifestyle Carreira

A estrutura chama-se centríolo e tem de ser eliminada no óvulo (célula feminina) durante a sua formação, para, quando este for fecundado, gerar um embrião.

Quando o óvulo não perde os seus próprios centríolos, ficando, no momento da fertilização, ao mesmo tempo, com os centríolos transportados pelos espermatozoides (células masculinas), a divisão celular faz-se anormalmente, o embrião não se desenvolve, a fêmea é infértil.

A perda de centríolos na formação do óvulo deve-se à perda do revestimento destas estruturas, que as protegem, porque falta uma proteína reguladora chamada polo. Quando é reposta essa proteína, o revestimento dos centríolos não desaparece e estas estruturas não são eliminadas.

O mecanismo foi identificado na mosca da fruta, mas é visível em todos os animais, incluindo os seres humanos. As conclusões do estudo, liderado por Mónica Bettencourt-Dias, do IGC, são publicadas na revista Science.

Os cientistas sabiam, desde a década de 30, que os centríolos são estruturas fundamentais para a multiplicação das células e que, para darem origem a um embrião, só podem ser herdadas dos machos.

"A divisão celular tem de ter um número muito certinho de centríolos", vincou à Lusa a investigadora Mónica Bettencourt-Dias, coordenadora do Laboratório de Regulação do Ciclo Celular.

Quando tal não acontece, e existem no óvulo centríolos da fêmea e do macho, e, portanto, um número incorreto de centríolos, o embrião não se desenvolve.

Em situações normais, os centríolos desaparecem na formação do óvulo porque perdem o seu revestimento, devido à falta da proteína polo.

O grupo de Mónica Bettencourt-Dias descobriu que este revestimento (formado por proteínas) protege os centríolos, impede o desaparecimento destas estruturas.

Ao repor o revestimento dos centríolos no óvulo, no momento errado, durante a sua formação, restituindo a proteína reguladora, os centríolos não desapareciam e as células não se multiplicavam.

Para a investigadora, o revestimento dos centríolos pode ser também importante para o estudo da regeneração celular e do cancro, uma vez que, "quando perdem os centríolos, as células estão bloqueadas, não podem proliferar".

Recomendados para si

;

Receba dicas para uma vida melhor!

Moda e Beleza, Férias, Viagens, Hotéis e Restaurantes, Emprego, Espiritualidade, Relações e Sexo, Saúde e Perda de Peso

Obrigado por ter ativado as notificações de Lifestyle ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório