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Subtipo de células imunitárias pode ser eficaz contra cancro

Uma equipa de investigadores do Instituto de Medicina Molecular (iMM) Lisboa verificou, em ratinhos, que um subtipo de células do sistema imunitário é eficaz no combate ao cancro, no caso estudado do sangue.

Subtipo de células imunitárias pode ser eficaz contra cancro
Notícias ao Minuto

20:16 - 05/04/16 por Lusa

Lifestyle IMM Lisboa

As células em causa são os linfócitos T gama-delta, que expressam à sua superfície, quando ativados por 'sinais fortes' resultantes da sua interação, determinadas moléculas, os 'recetores de morte celular', que, de acordo com a equipa, são úteis para matar o tumor.

Para Bruno Silva-Santos, que lidera a equipa, este subtipo de células T "é particularmente útil" para o desenvolvimento da imunoterapia (tratamento com agentes biológicos, como células) contra o cancro.

Os linfócitos T ou células T são um grupo de glóbulos brancos (leucócitos) responsável pela proteção do organismo contra microrganismos e tumores, sendo produzidos no timo, órgão que está por cima do coração. Os problemas surgem quando o 'exército' destas células tem 'soldados' insuficientes para aniquilar o 'invasor'.

No estudo, publicado hoje na revista Nature Immunology, os investigadores do iMM identificaram e viram como funcionam os linfócitos T gama-delta em ratinhos.

Posteriormente, noutro estudo, cujos resultados já foram aceites para publicação, a equipa usou, com sucesso, essas mesmas células, extraídas de humanos, para tratar roedores com um tumor no sangue, também de um humano.

Partindo destes resultados, Bruno Silva-Santos pretende avançar, dentro de dois anos, com ensaios clínicos em doentes adultos com leucemia, ressalvando que a imunoterapia com linfócitos T gama-delta não pode ser generalizada a todos os cancros, atendendo à especificidade dos tumores, sendo, por exemplo, contraindicada no cancro da mama.

O cientista, que é vice-presidente do iMM Lisboa, explicou à Lusa que as células T gama-delta especializam-se no combate a 'invasores' diferentes, consoante os 'sinais' recebidos do timo ou resultantes da interação das células entre si.

No caso do cancro, os linfócitos T gama-delta têm de ter 'sinais fortes' para erradicá-lo, mas, para eliminarem fungos, e cumprirem a sua função antifúngica, as mesmas células têm de receber 'sinais fracos', precisou o também docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

O trabalho agora publicado foi desenvolvido em colaboração com a Universidade Complutense, em Madrid, Espanha, e foi financiado pela Comissão Europeia, através do Conselho Europeu de Investigação, que apoia projetos de investigação fundamental considerados de excelência.

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