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Milhões de pessoas poderão ter perdido o olfato sem darem por isso

Milhões de pessoas em todo o mundo poderão ter perdido parcialmente ou totalmente o olfato sem sequer darem conta. Estes são os resultados de um estudo que analisou participantes antes diagnosticados com Covid-19.

Milhões de pessoas poderão ter perdido o olfato sem darem por isso

© Shutterstock

Mariline Direito Rodrigues
17/10/2025 14:40 ‧ há 2 dias por Mariline Direito Rodrigues

Lifestyle

Olfato

Os impactos da pandemia da Covid-19 continuam a ser sentidos por muitos. Uma nova pesquisa feita em conjunto pelo National Institutes of Health e a Clinical Science Core revelou que uma considerável parte da população - que foi infetada pelo vírus - perdeu o olfato sem sequer dar por isso. 

 

A perda total de olfato (anosmia) ou parcial (hiposmia) é um dos sintomas mais conhecidos da Covid-19, mas não é exclusivo. Muitas infeções virais podem interferir com várias células e recetores nasais. A capacidade de sentir cheiros é suposto regressar, contudo, nem sempre isso acontece. 

A equipa de investigadores fez testes a 2.956 voluntários com históricos de infeções por Covid-19. Em média, os testes foram feitos 671 dias depois dos participantes testarem positivo para o vírus. A este grupo juntaram-se ainda 569 que não foram infetados com o vírus. 

Do grupo, 1.393 participantes consideravam que tinham problemas de olfato, sendo que os testes confirmaram que 80% destas pessoas tinha razão.

Surpreendentemente, das restantes 1.563 pessoas do grupo que não acusaram o problema, 66% tinha hiposmia ou anosmia.

"Os nossos resultados confirmam que aqueles com histórico de Covid-19 poderão estar especialmente em risco pelo fraco sentido de olfato, um problema que não é reconhecido pela maioria da população", referiu Leora Horwitz da New York University Grossman School of Medicine.

Daqueles que não tinham Covid-19, 60% demonstraram dificuldades em sentir aromas, um valor considerado bastante alto. Os investigadores sugerem que algumas destas pessoas poderão ter tido uma infeção e não terem conhecimento. 

"As nossas descobertas corroboram estudos de pesquisa anteriores que sugerem que a SARS-CoV-2 é associada com a disfunção de olfato persistente e confirmam pequenos estudos anteriores que descobriram que os pacientes subestimam a perda do olfato", realça ainda.

Tendo isto em conta, os pesquisadores esperam que mais possa ser feito para se perceber os impactos do vírus a longo termo e, posteriormente, encontrar-se soluções adequadas. 

"Estes resultados sugerem que os profissionais de saúde devem considerar a realização de testes para detetar a perda do olfato como parte da rotina de cuidados pós COVID", completa Horwitz. 

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Marina Gonçalves | 22:36 - 15/10/2025

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