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A genética das mulheres é mais propícia a depressão do que a dos homens

Investigadores australianos revelaram que as mulheres têm um maior risco genético de perturbações depressivas do que os homens, num estudo publicado na quarta-feira na revista Nature Communications que pode alterar a forma como esta doença é tratada.

A genética das mulheres é mais propícia a depressão do que a dos homens

© Shutterstock

Lusa
09/10/2025 07:11 ‧ há 16 horas por Lusa

Investigadores australianos revelaram que as mulheres têm um maior risco genético de perturbações depressivas do que os homens, num estudo publicado na quarta-feira na revista Nature Communications que pode alterar a forma como esta doença é tratada.

 

Neste estudo revisto por pares, considerado um dos maiores já realizados na área, os cientistas analisaram o ADN de quase 200 mil pessoas que sofrem de depressão para identificar marcadores genéticos comuns.

As mulheres apresentaram quase o dobro dos marcadores genéticos associados à depressão do que os homens, de acordo com o projeto, liderado pelo Instituto Berghofer de Investigação Médica, na Austrália.

"Identificar fatores genéticos comuns e específicos em homens e mulheres permite-nos compreender melhor as causas da depressão e abre caminho para tratamentos mais personalizados", explicou a investigadora Jodi Thomas em comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).

Os investigadores identificaram aproximadamente 13.000 marcadores genéticos associados à depressão nas mulheres, em comparação com 7.000 nos homens.

Algumas destas diferenças genéticas podem também influenciar o metabolismo ou a produção hormonal.

"Descobrimos algumas diferenças genéticas que nos podem ajudar a explicar porque é que as mulheres com depressão apresentam com maior frequência sintomas metabólicos, como oscilações de peso ou alterações nos níveis de energia", frisou Jodi Thomas.

O transtorno depressivo é um dos distúrbios mentais mais comuns, afetando mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde.

"Até agora, não existiam muitos estudos fiáveis para explicar porque é que a depressão afeta mulheres e homens de forma diferente, incluindo o possível papel da genética", apontou a investigadora Brittany Mitchell.

"Cada vez mais artigos mostram que muitos dos medicamentos atualmente em desenvolvimento --- e a investigação realizada até à data --- se centram sobretudo nos homens", acrescentou.

Leia Também: Mitos e verdades sobre cancros do sangue. Falámos com um médico

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