A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou, esta terça-feira, a deteção de um caso de tuberculose pulmonar num profissional com ligação a um hotel na região de Lisboa, garantindo, no entanto, que estão a ser identificados os contactos de risco e que não existe, "até à data, evidência de risco acrescido para a população em geral".
Embora seja uma doença perigosa, saiba que tem tratamento e é curável, desde que detetada a tempo e seguida por profissionais de saúde.
Entre o alerta ter sido dado e os respetivos casos de risco estarem a ser encaminhados para rastreio, é importante ficar a par do que é esta doença, assim como das formas de propagação.
O que causa a turberculose pulmonar?
Segundo o que refere o site do SNS, existem três tipos de turberculose: pulmonar, extrapulmonar (que não é contagiosa) e a disseminada.
O que distingue o tipo de tuberculose agora detetada é que o pulmão é o principal órgão atingido, uma vez que "o contacto do bacilo (pertencente à família das micobactérias) com o organismo é feito por via inalatória". Nos outros dois tipos há mais órgãos afetados, assim como a circulação sanguínea.
Posto isto, este caso surgiu na sequência da "inalação de ar com bacilos que vão alcançar e depositar-se nos pulmões."
O site da CUF explica, entre outras informações, de que forma como se propaga: "A partir desse momento [do depósito], ou as defesas do organismo conseguem eliminá-los [bacilos] e não ocorre doença ou as bactérias ultrapassam essas barreiras e a infeção instala-se. Há ainda situações em que o bacilo não é eliminado, mas é mantido inativo durante anos ou, mesmo, a vida toda. Estes indivíduos estão saudáveis e não são contagiosos, mas têm uma probabilidade de 10% de vir a ficar doentes em algum momento da sua vida, sendo esse risco maior nos dois anos a seguir à infeção (tuberculose latente)".
Os especialistas alertam ainda que as gotículas com o bacilo podem ficar em suspensão no ar durante várias horas, nomeadamente, quando o indivíduo está num local não ventilado. "A probabilidade de se ser infetado depende do número de gotículas infeciosas no ar, do tempo e local de exposição e da suscetibilidade da pessoa exposta a esse ambiente", adiantam.
Que se segue?
O artigo publicado no site da CUF refere, também, que sendo a tuberculose uma doença de transmissão inalatória, "há que evitar contactos respiratórios próximos não protegidos com pessoas que têm tuberculose em fase contagiosa, sobretudo se não estiverem a tomar medicação. Se tal não for possível, deve-se tentar que os locais de contacto sejam arejados e expostos à luz solar, pois o bacilo é muito sensível aos raios ultravioleta. Em locais não ventilados é obrigatório utilizar máscara".
É ainda sublinhando que "habitualmente, se o doente tomar a medicação conforme a prescrição do médico, ao fim dos primeiros 15 dias começa a reduzir o risco de contágio".
O tratamento
O tratamento é realizado com medicamentos antibióticos administrados por via oral - comprimidos, cápsulas ou xarope -, sendo a duração mínima da terapêutica de seis meses, "variando em função do órgão envolvido, evolução ou gravidade da doença, podendo ser superior a um ano".
Segundo o que é explicado, o "tratamento correto permite a cura em mais de 95% dos casos", sendo fundamental que o processo terapêutico seja feito de forma rigorosa, de forma a evitar-se o desenvolvimento de resistências.
Quais os sintomas?
- Cansaço fácil;
- Perda de apetite;
- Fraqueza;
- Emagrecimento;
- Suores noturnos;
- Febre habitualmente baixa de predomínio ao final do dia e noite;
- Tosse persistente, frequentemente com expetoração amarelada ou esverdeada e que pode conter sangue.
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