Na 65.ª edição da ModaLisboa, a organização propõe uma semana dedicada à "reflexão, criação e experimentação, cruzando Moda de Autor, sustentabilidade e tecnologia".
O principal evento de moda do país arrancou na quarta-feira, dia 1 de outubro, e estender-se-á até domingo, dia 5, passando, além do Pátio da Galé, pelo Palacete Gomes Freire e o MUDE - Museu do Design.
Em termos de apresentações capilares, a proposta deste ano traduz-se numa abordagem que alia "técnica a ousadia". Trata-se de um "processo super imersivo" que envolve uma vasta equipa, explica o 'hairstylist' Cláudio Pacheco numa entrevista exclusiva ao Notícias ao Minuto.
Para o 'hairstylist', estar neste evento "representa uma oportunidade de explorar a criatividade", ao lado das equipas de maquilhagem, designers e da própria equipa de cabeleireiros. Fala numa experiência única que "permite criar looks diferentes e, ao mesmo tempo, sair um pouco da rotina diária do salão".
Cláudio Pacheco contou que está a preparar dois desfiles, para sábado, dia 4 de outubro. O primeiro vai ser o da designer Béhen às 18h30 no MUDE - Museu do Design. A estilista vai apresentar a coleção "Bem me quer, mal me quer" que inclui criações singulares e desenvolvidas no atelier da marca em Lisboa, concebidas, maioritariamente, a partir de materiais antigos.
O outro desfile com a intervenção de Cláudio Pacheco acontece às 21h30 no Pátio da Galé e é da Kolovrat, a autora da coleção primavera/verão 2026 que apresenta tons terrosos e pretos.
Para estes dois momentos, o designer de cabelos garante "propostas completamente diferentes".
Os looks da passarela, além do compromisso do 'hairstylist' vão contar com a assinatura 'L’Oréal Professionnel. "Num deles, inspirámo-nos num desfile de Jean-Paul Gaultier e trouxemos cores de cabelo inspiradas nos anos 2000, mas cruzadas com referências dos anos 20 e 50".
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Cláudio faz um retrato do desfile através dos "stylings com ondas curtas enroladas para dentro, muito ao estilo dos anos 20, e os 'bobs' bem marcados na zona do maxilar, típicos dos anos 50. Tudo isto com um twist das cores dos anos 2000 — tons acobreados, burgundy e cabelos bem escuros".
Para o outro desfile, o 'hairstylist' aponta "uma direção oposta" de "cabelos super apanhados, quase numa inspiração de gladiadores". Descreve um "styling mais agressivo, em que o cabelo se funde com a maquilhagem, criando um visual forte e impactante".
Aos 17 anos, Cláudio Pacheco foi distinguido como “o jovem talento revelação de Portugal” no prémio Trend Vision Award. Em 2012, voltou a ser nomeado para o mesmo prémio, mas na categoria de melhor técnico de cor a nível nacional, consolidando o seu percurso como uma das figuras emergentes de hairstyling em Portugal.
Em 2016, fundou o Chiado Studio Cabeleireiros, em Lisboa, espaço de que é, atualmente, diretor artístico. Cláudio Pacheco distingue-se nesta área pela aposta em "experiências personalizadas, tratamentos inovadores e um ambiente acolhedor e sofisticado" do seu salão que, atualmente, tem um 'head spa'.
Depois de vários prémios e experiências, o 'hairstylist' continua a integrar a semana da moda em Lisboa e destaca que "estar neste evento significa apoiar a moda nacional e dar força aos criadores".
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