Afinal, o que é Covid longa? Estudo aponta riscos na falha de definição

Uma investigação publicada no JAMA Network Open revelou que podem existir várias definições para a Covid longa. Esta indecisão e falta de padrão pode fazer com que os tratamentos não sejam dados da melhor forma, por exemplo.

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Adriano Guerreiro
14/08/2025 08:00 ‧ há 2 horas por Adriano Guerreiro

Lifestyle

Coronavírus

Um estudo publicado esta terça-feira no JAMA Network Open revelou que a comunidade científica não tem bem definido o que se trata quando se fala de Covid longa. Apontam que esta falha de definição pode trazer vários problemas, o que põe em causa o tratamento de milhares de pessoas.

 

Desta forma, revelam que a definição deste tipo de Covid pode depender de quem pergunta, o que pode dificultar o diagnóstico e até a melhor forma de tratamento que é dada a cada pessoa.

"As descobertas destacam a necessidade de uma definição padrão para a Covid longa", revelou Lauren Wisk em comunicado, aqui citado pela United Press International. Revelou que diversas organizações acabam por ter a sua própria definição.

O estudo avaliou cinco definições de Covid longa em relação aos sintomas e ao tempo de dutração. Poderiam ir de quatro a seis semanas e até ter entre nove a 44 sintomas diferentes.

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O diagnóstico por parte dos pacientes variou entre 15% e 42% dependendo da definição que era usada. "Sem uma definição partilhada, corremos o risco de rotular doentes de forma errada e não dar o melhor tratamento. É mais do que um debate académico, afeta pessoas.”

O problema acontece também sobre os futuros estudos que podem ser feitos sobre a Covid longa. "Se cada estudo sobre Covid longa usar uma definição diferente para identificar quem a tem, as conclusões científicas tornam-se mais difíceis de comparar entre os estudos e podem levar a atrasos nas conclusões.”

A nova variante da Covid-19 e os sintomas a ter em conta

Nimbus chegou a 14 estados, levando os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) a considerá-la a segunda variante mais comum da Covid-19 no país este verão.

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Os casos de Nimbus ainda estão a aumentar, mas com a temporada da gripe a apenas alguns meses de distância, especialistas em saúde emitiram um alerta sobre uma outra nova variante da Covid-19 que está agora a circular.

Embora a Nimbus tenha sido responsável por 43% dos casos de Covid entre 8 e 25 de junho, autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam que uma variante mais dominante está agora à solta - e a espalhar-se rapidamente.

A nova variante XFG - ou Stratus - deriva da família ómicron e é uma mistura de duas variantes anteriores: LF.7 e LP.8.1.2. Foi detectada pela primeira vez em janeiro de 2025. No entanto, só foi adicionada à lista oficial de 'Variantes em Monitorização' da OMS em junho. Atualmente, o Sudeste Asiático está a registar um aumento repentino de casos positivos de XFG.

A Nimbus recebeu o apelido de 'lâmina de barbear', pois os pacientes com dores de garganta severas sentiam como se estivessem a engolir objetos metálicos afiados. Felizmente, esse não parece ser o caso da Stratus. Mas especialistas dizem que há um sinal revelador da nova subvariante: disfonia, também conhecida como voz rouca.

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