Na última década, investigadores descobriram associações entre alimentos ultraprocessados e problemas de saúde como doenças cardíacas, diabetes tipo 2, demência e alguns tipos de cancro. Agora, adicionaram a doença de Parkinson a essa lista.
Num estudo publicado na quarta-feira, 7 de maio, na revista Neurology, investigadores dos Estados Unidos e da China relataram que pessoas que consumiam muitos alimentos ultraprocessados tinham maior probabilidade de desenvolver os primeiros sinais da doença do que aquelas que consumiam menos.
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De notar que esta descoberta é apenas uma associação, e não uma prova de que os alimentos ultraprocessados causam a doença de Parkinson, uma condição progressiva e incurável caracterizada por tremores, rigidez muscular e outros sintomas.
Para o estudo, os autores investigaram se havia alguma associação entre o consumo desses alimentos e o desenvolvimento dos primeiros sintomas da doença de Parkinson. Entre eles, constipação, sonhos lúcidos durante o sono, redução do olfato, dificuldade em diferenciar cores, depressão e sonolência diurna.
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Os investigadores analisaram os dados de questionários realizados sobre a dieta de quase 43.000 profissionais de saúde nos Estados Unidos, entre meados da década de 1980 e meados da década de 2000. A partir de 2012, também relataram os seus sintomas.
Com isto, descobriram que os participantes que comeram mais alimentos ultraprocessados tinham cerca de 2,5 vezes mais probabilidade de apresentar pelo menos três sintomas iniciais da doença de Parkinson em comparação com aqueles que consumiram menos.
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