Investigação revela os efeitos da pandemia nos cérebros dos adolescentes
Trata-se de um estudo publicado na passada segunda-feira, 9 de setembro, e feito na Universidade de Washington, Estados Unidos.
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Continuam a ser estudados os efeitos dos últimos anos para indivíduos de todas as idades e, recentemente, uma investigação da Universidade de Washington, Estados Unidos, concluiu que a pandemia acelerou o desenvolvimento do cérebro dos adolescentes.
Mais especificamente, ao medir o impacto em termos do número de anos de desenvolvimento acelerado do cérebro, descobriram que a aceleração média foi de 4,2 anos nas mulheres e de 1,4 anos nos homens. Conclusões relatadas na Proceedings of the National Academy of Sciences.
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Caso não saiba, investigadores medem o amadurecimento do cérebro tendo em conta a espessura do córtex cerebral, a camada exterior de tecido do cérebro, algo que fica mais fino com a idade, incluindo na adolescência.
Para o estudo, os cientistas analisaram, desde 2018, 160 adolescentes, entre os 9 e os 17 anos, com o objetivo inicial de avaliar as alterações da estrutura cerebral durante a adolescência típica. Quando a pandemia começou o objetivo mudou.
Tendo isto em conta decidiram usar os dados originais de 2018 para criar um modelo do afinamento cortical esperado durante a adolescência. Depois examinar novamente os cérebros dos adolescentes e em mais de 80% foram relatadas mudanças.
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Graças a isto, analisaram que "os cérebros dos adolescentes mostraram um efeito geral de adelgaçamento acelerado ao longo da adolescência, mas que foi muito mais pronunciado no sexo feminino".
Segundo os investigadores, "os efeitos de adelgaçamento cortical nas mulheres foram observados em todo o cérebro, em todos os lóbulos e em ambos os hemisférios". Já no sexo masculino, "os efeitos foram observados apenas no córtex visual", acrescentam.
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