Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 13º MÁX 19º

Investigadores desvendam alterações que desencadeiam o lúpus

Investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto descobriram que alterações na composição dos açúcares à superfície das células "confundem" o sistema imunitário e desencadeiam doenças autoimunes como o lúpus, foi hoje revelado.

Investigadores desvendam alterações que desencadeiam o lúpus
Notícias ao Minuto

11:52 - 23/03/23 por Lusa

Lifestyle Estudo

A investigação, publicada na revista científica 'Science Translation Medicine', permitiu desvendar "o mecanismo" que leva ao aparecimento de doenças autoimunes, adianta hoje, em comunicado, o Instituto da Universidade do Porto.

As doenças autoimunes caracterizam-se pela incapacidade do sistema imunitário em distinguir "o próprio do não-próprio", "o que o leva a atacar" as próprias células e desencadear um "processo inflamatório crónico".

Estas doenças, debilitantes, incapacitantes e sem cura, têm particular impacto na qualidade de vida dos doentes.

Leia Também: Covid-19. Risco de desenvolver doenças autoimunes aumenta após infeção

No estudo, a equipa do i3S centrou-se no lúpus e tentou perceber "até que ponto a presença anómala de açúcares alterados à superfície do rim" determina o seu aparecimento.

O lúpus é uma doença autoimune "complexa", uma vez que o sistema imunitário pode atacar qualquer parte do corpo (rins, cérebro, coração, pulmões, sangue, pele e articulações). Mais de 90% dos doentes com Lúpus são mulheres e a doença surge, frequentemente, entre os 15 e 45 anos.

Citada no comunicado, a investigadora que liderou o estudo, Salomé Pinho, explica que o sistema imune "ativa um certo tipo de células imunológicas que levam à produção de moléculas pró-inflamatória, contribuindo assim para o estabelecimento do processo inflamatório".

Tal permitiu aos investigadores identificar "um novo mecanismo subjacente" ao desenvolvimento da doença autoimune.

Também a primeira autora do estudo, Inês Alves, acrescenta que a investigação permitiu descobrir "que é possível reparar esta modificação anómala de glicanos e controlar, desta forma, a resposta imunológica auto-reativa, evitando que o rim seja atacado pelas células imunes e prevenindo, assim, o desenvolvimento do lúpus".

A descoberta abre portas para "o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para o tratamento de doenças autoimunes".

A investigação foi também distinguida com um prémio de inovação de 280 mil euros pela associação americana Lupus Research Alliance (LRA).

"A descoberta de um novo mecanismo subjacente à resposta imune descontrolada que caracteriza o lúpus abre portas para investigarmos novas abordagens terapêuticas que podem ter impacto num leque alargado de doenças autoimunes. O prémio irá permitir transformar este mecanismo num alvo terapêutico e, assim esperamos, controlar a doença e melhorar a qualidade de vida destes pacientes", acrescenta Inês Alves.

Leia Também: Come isto em demasia? Cuidado, só está a fazer mal ao coração

Recomendados para si

;

Receba dicas para uma vida melhor!

Moda e Beleza, Férias, Viagens, Hotéis e Restaurantes, Emprego, Espiritualidade, Relações e Sexo, Saúde e Perda de Peso

Obrigado por ter ativado as notificações de Lifestyle ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório