Estudos feitos anteriormente já tinham encontrado uma ligação entre isolamento social e o risco de demência em idosos não institucionalizados. Recentemente, uma nova investigação, feita nos Estados Unidos, acrescentou ainda mais informação significativa, reforçando esta conclusão.
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Através de um comunicado, os investigadores explicam que o estudo, publicado na revista científica Journal of the American Geriatrics Society, utilizou dados relativos a um grupo de cinco mil pessoas, com 65 anos ou mais.
Cada um fez entrevistas, com os cientistas, anualmente, durante nove anos, como forma de avaliar a função cognitiva, o estado de saúde e o bem-estar geral.
Após a entrevista inicial foi possível confirmar que 23% dos analisados estavam socialmente isolados e não apresentavam sinais de demência. Nove anos mais tarde 21% da amostra total tinha desenvolvido demência.
Com estes dados os investigadores concluíram que o risco de desenvolver demência, ao longo dos nove anos, foi 27% maior entre os idosos socialmente isolados, em comparação com os outros que não tinham este problema.
"Uma explicação possível é que ter menos oportunidades de socializar com outras pessoas também diminui o funcionamento cognitivo, contribuindo potencialmente para o aumento do risco de demência", diz Alison Huang, investigadora na Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, em comunicado.
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