Covid grave envelhece o cérebro, sugere novo estudo
É a conclusão de um estudo feito na Escola de Medicina da Universidade de Harvard.
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Como ainda não são conhecidos todos os efeitos da Covid grave, os cientistas continuam a investigar e, recentemente, graças a um novo estudo foi possível concluir que a condição está associada a sinais moleculares de envelhecimento cerebral.
Para o estudo, publicado na Nature Aging, revista científica, foram analisadas amostras de tecido cerebral post mortem e identificadas mudanças na expressão genética no cérebro que se assemelham ao que é visto na velhice.
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Citando o estudo, a New Atlas, revista de tecnologia e medicina, diz que os investigadores alertam para potenciais problemas neurológicos, a longo prazo, que podem surgir nos próximos anos.
Maria Mavrikaki, investigadora da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, é uma das responsáveis pelo estudo e, com uma equipa de colegas, analisou mais de 50 amostras de tecido cerebral, incluindo 21 amostras de indivíduos que morreram de Covid grave.
Ao comparar as amostras, tendo em conta sexo e idade, com as do grupo de controlo, a equipa encontrou quase sete mil genes relacionados com o vírus. Além disto, concluíram que existia uma grande quantidade de genes relacionados, negativamente, com a atividade sináptica, cognição e memória, explica a revista.
"Também observamos associações significativas de resposta celular a danos no ADN, função mitocondrial, regulação da resposta ao stress e stress oxidativo, transporte vesicular, homeostase do cálcio e vias de sinalização/secreção de insulina previamente associadas a processos de envelhecimento e envelhecimento cerebral", explicam os investigadores, no estudo.
Com estas informações, sugerem que "muitas vias biológicas que mudam com o envelhecimento natural do cérebro também mudam com a Covid grave".
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