O consumo de alimentos ricos em fibras solúveis podem ajudar a reduzir o risco de demência, aponta um estudo publicado na revista Nutritional Neuroscience, que envolveu mais de 3.500 adultos japoneses.
Este estudo baseou-se em dados de uma grande investigação iniciada na década de 1980. As informações analisadas vão de 1985 a 2020. Os investigadores japoneses dividiram os dados em quatro grupos, de acordo com a quantidade de fibra ingerida. Os grupos que consumiam níveis superiores de fibra apresentaram um risco menor de desenvolver demência.
De acordo com o estudo, a ligação entre o consumo de fibras e a demência foi mais pronunciada para as fibras solúveis. Leguminosas, como feijão, lentilha e ervilha, farelos de aveia, cevada e arroz, frutas e hortaliças são alguns dos alimentos ricos em fibras solúveis.
Tal como o nome indica, as fibras solúveis dissolvem-se na água e, à medida que se movem pelo trato gastrointestinal, formam uma substância gelatinosa. Estas fibras ligam-se à gordura e ao açúcar, sendo depois eliminadas pelas fezes. São ainda responsáveis pela sensação de saciedade.
Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento e também não há uma forma definitiva de prevenir a demência.
A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência.
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