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Cientistas 'ressuscitam' células de olho humano horas após morte cerebral

Investigadores detetaram atividade nos neurónios, sugerindo que futuramente poderá ser possível reverter quadros de morte cerebral.

Cientistas 'ressuscitam' células de olho humano horas após morte cerebral
Notícias ao Minuto

11:35 - 13/05/22 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Ciência

Cientistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, 'ressuscitaram' células fotossensíveis dos olhos - nomeadamente, cones e bastonetes - horas após a morte, indicando que é possível suster o funcionamento dos neurónios mesmo depois de ser declarado o óbito, reporta um artigo publicado pelo jornal Metrópoles. 

Para efeitos daquela pesquisa, os cientistas utilizaram uma tecnologia capaz de restaurar oxigénio e nutrientes aos olhos 20 minutos após terem sido removidos do doador.

Sendo que as células fotossensíveis reagiram à luz forte, colorida e a feixes fracos até cinco horas depois da morte. Mais ainda, comunicaram entre si.

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Ora os cones e bastonetes transformam a luz em impulsos nervosos, explica o jornal Metrópoles, e a informação de seguida transportada até ao cérebro para interpretação.

No decorrer da experiência, os investigadores conseguiram intercetar a emissão de sinais elétricos das células e atividade sincronizada entre neurónios. Tratando-se da primeira vez que um órgão de uma pessoa morta reage a esse género de estímulo após o óbito.

Os tecidos do cérebro continuam a ser um tremendo desafio para a ciência e medicina. Como tal, o transplante de cérebro ainda não é uma opção. Pois se os neurónios cessam o seu funcionamento não podem ser 'reanimados'. 

De acordo com o novo estudo, a descoberta pode "levantar questões sobre o caráter irreversível da morte das células neurais e prover novos caminhos para a reabilitação visual".

Agora, os cientistas esperam que compreendendo de que forma certos tecidos do sistema nervoso operam com a carência de oxigénio e nutrientes após a morte, seja então possível recuperar algumas funções cerebrais e, inclusive, reverter casos de morte cerebral. 

"Já que a retina faz parte do sistema nervoso central, a restauração dos sinais elétricos neste estudo levanta o questionamento se a morte cerebral, como é definida hoje, é realmente irreversível", disseram os autores da pesquisa. 

O estudo inédito foi originalmente divulgado na revista científica Nature.

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