De acordo com a meta-análise publicada no American Journal of Lifestyle Medicine e citada pela revista Galileu, o consumo de uma dieta à base de plantas, que prima por vegetais e fruta, rica em nitratos e antioxidantes, não só melhora a saúde cardiovascular e a defesa contra infeções respiratórias, como reduz o risco de Covid-19 grave.

A pesquisa analisou estudos anteriores e tirou lições do surto de gripe H1N1 de 1918, comumente conhecido como gripe espanhola. Os investigadores constataram que durante essa pandemia a saúde de pessoas que ingeriam sobretudo dietas baseadas em plantas era significativamente melhor. 

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Segundo Hana Kahleova, a principal autora do estudo, dados sobre a gripe espanhola impressos numa edição do Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia, nos Estados Unidos, relataram que os participantes mais saudáveis consumiam dietas que incluíam vegetais, leguminosas, frutas e nozes.

Ora, Kahleova que atua no Comité de Médicos para Medicina Responsável de Washington, D.C. juntamente com Neal D. Barnard, observou que pesquisas atuais sobre impactos nutricionais na Covid-19 revelaram igualmente resultados benéficos associados ao consumo de dietas à base de plantas.

Um estudo que envolveu aproximadamente 600 mil participantes, reporta a revista Galileu, mostrou que aqueles pacientes que comiam bastante fruta e vegetais registavam um risco 9% inferior de adoecer com o novo coronavírus. Sendo que a diminuição de risco para a Covid-19 grave alcançou uns impressionantes 41% para quem consumia esse tipo de dieta. 

Entretanto, outra pesquisa, realizada com profissionais de saúde, demonstrou que aqueles trabalhadores com dietas baseadas em plantas tinham um risco 73% menor de Covid-19 moderada a grave.

Adicionalmente, Kahleova publicou um estudo adicional com profissionais hospitalares, indicando também a vantagem do consumo de uma dieta vegetariana na melhora da saúde e na qualidade de vida desses indivíduos, que foram acompanhados durante a primeira vaga da pandemia da Covid-19, em Washington, D.C.

"Com base nas lições de 1918 e na recente pesquisa nutricional sobre a Covid-19, parece provável que uma dieta saudável à base de plantas seja uma ferramenta poderosa para diminuir o risco de Covid grave", diz a investigadora.

"Por esse motivo, a nutrição baseada em vegetais deve ser promovida como uma das principais medidas de saúde pública para reduzir a propagação da doença e combater a pandemia de hoje", conclui. 

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