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Ómicron XE: Por que motivo as variantes híbridas são mais frequentes

Cientistas sublinham que é necessário permanecer em estado de alerta relativamente a novas variantes do coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, e simultaneamente continuar a adotar medidas de proteção contra a doença pandémica.

Ómicron XE: Por que motivo as variantes híbridas são mais frequentes
Notícias ao Minuto

07:58 - 20/04/22 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Pandemia

Conforme explica um artigo publicado pela revista Galileu, recentemente uma nova variante híbrida da Covid-19 denominada de XE despertou a preocupação da comunidade médica e científica. 

Ora, a XE é uma estirpe que combina as variantes altamente transmissíveis BA.1 e BA.2 da Ómicron, tendo sido identificada pela primeira vez em janeiro no Reino Unido. A proteína 'spike' (ou espícula) da XE resulta da BA.2. 

Estima-se que em todo o mundo, aproximadamente 700 genomas virais tenham sido até ao momento atribuídos a XE. 

Segundo dados atuais do Reino Unido, a XE é ligeiramente mais transmissível (5-10%) comparativamente à BA.2 - tornando-a assim a subvariante mais contagiosa da Ómicron até ao momento. Sendo que sempre que surge uma nova variante mais transmissível, é provável que esta se torne a estirpe dominante. 

No entanto, explica a revista Galileu, ainda não existem evidências suficientes que permitam tirar conclusões sólidas acerca do grau de transmissibilidade da XE. Adicionalmente, quase não existem dados que informem sobre a sua gravidade ou capacidade de evadir a imunidade proporcionada pelas vacinas ou adquirida naturalmente pelo organismo. 

Como nascem variantes híbridas

Cada vírus individual tende a ser uma cópia quase exata de seu vírus original. Todavia, os vírus são igualmente sujeitos ao processo de recombinação.

De acordo com a Galileu, os vírus recombinantes podem surgir quando duas ou mais variantes infetam a mesma célula num indivíduo, levando a que as variantes interajam durante a replicação. Tal pode originar uma mistura do material genético, produzindo consequentemente combinações virais alternativas. 

A recombinação viral e o rearranjo são comuns entre os vírus, mas as taxas variam acentuadamente, dependendo do tipo de vírus e da chance de coinfecção.

Após mais de dois anos de pandemia da Covid-19 e com elevadas taxas de infeção, a recombinação do coronavírus SARS-CoV-2 é agora mais provável e mais facilmente detetável do que nos estágios anteriores. O 'ataque' global da Ómicron levou a uma subida rápida dos casos de Covid, o que aumenta o risco de coinfecção e dá ao vírus mais chances de se recombinar.

Mais ainda, os cientistas estão mais habilitados para detetarem o fenómeno de recombinação do que previamente. Já aquando do começo da pandemia, havia pouca diversidade genética do SARS-CoV-2 - ou seja, os recombinantes não pareciam ser recombinantes porque os dois vírus 'pais' eram praticamente iguais.

Contudo, atualmente proliferam múltiplas estirpes genomicamente díspares infetando pessoas na mesma área, tornando os genomas recombinantes muito mais fáceis de identificar entre os milhões de genomas. 

Os recombinantes virais conhecidos até ao momento

Segundo a revista Galileu, recentemente foram detetadas várias variantes recombinantes do coronavírus, denominadas XA, XB, XC, etc., até XS. 

Para os cientistas existem dois tipos principais de estirpes recombinantes agora detetadas regularmente: misturas de Delta e Ómicron (Deltacron) e misturas de subvariantes da Ómicron. Estas comportam a XD e XF, que consistem em material genético da Delta e da subvariante BA.1 da Ómicron.

A XD foi originalmente identificada em França e contém uma mistura da proteína espícula da BA.1 e parte do genoma da Delta. Havia alguma preocupação de que herdaria a capacidade da BA.1 de evadir as defesas imunológicas dos seres humanos e a elevada virulência da Delta - porém, até ao momento a XD não se está a propagar tão intensamente. 

Leia Também: Ómicron XE: Tudo o que tem de saber sobre a nova subvariante

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