Uma vacina contra o cancro do colo do útero em estado avançado, desenvolvida por investigadores da Universidade de São Paulo, no Brasil, terá tido bons resultados nos ensaios pré-clínicos, em animais. É o que indica um relatório publicado na revista científica International Journal of Biological Sciences.
Criada para eliminar células cancerígenas associadas ao papilomavírus humano, a vacina demonstrou eficácia e segurança quando associada ao tratamento com quimioterapia. A vacina não terá causado danos no fígado nem nos rins. Também não provocou perda de peso nos ratos.
O próximo passo é testá-la em humanos. Os cientistas irão recolher amostras de sangue de pessoas em risco de desenvolver a doença para isolar as células dendríticas (glóbulos brancos do sistema imunitário) e ativá-las com o imunizante em laboratório. Depois, as células voltam ao organismo para 'ensinar' o sistema imunitário a combater os tumores.
A tecnologia é pioneira e prevê-se que não afete as células saudáveis do organismo, como acontece com a quimioterapia e a radioterapia. Os cientistas estão confiantes que a vacina possa a demonstrar a mesma eficácia contra também outras doenças, como o cancro da mama e da próstata, tuberculose, hepatite, Covid-19, zika e VIH.
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