Aprender a tocar piano reduz risco de doença neurodegenerativa
A conclusão é de um estudo internacional.
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Lifestyle Doenças neurológicas incapacitantes
As pessoas que aprendem a tocar piano após os 60 anos correm um menor risco de desenvolver demência, revela um estudo realizado por investigadores da Universidade de Genebra, na Suíça, e da Hannover Medical School, na Alemanha, publicado na Frontiers in Aging Neuroscience.
O estudo envolveu 121 idosos saudáveis, com idades entre os 60 e os 70 anos, que nunca haviam tocado um instrumento. Metade dos participantes inscreveram-se em aulas semanais de piano, com a duração de uma hora, por um período de seis meses. Foi-lhes também pedido que praticassem piano em casa todos os dias durante, pelo menos, meia hora.
Os restantes assistiram a espetáculos semanais de diferentes tipos de géneros musicais. Contudo, não podiam tocar, cantar ou bater palmas.
Os investigadores compararam as imagens dos cérebro dos participantes antes e depois da experiência para analisar mudanças na substância branca cerebral, que diminui naturalmente com a idade e desempenha um papel importante na cognição e memória. Segundo os autores do estudo, os idosos que tiveram aulas de piano perderam pouco ou nada dessa substância branca, o que sugere que não houve declínio cerebral. Por outro lado, o outro grupo demonstrou uma redução significativa da densidade da substância branca, pelo que o risco de desenvolver demência e outros problemas de memória foi considerado superior.
Demência, recorde-se, é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento e também não há uma forma definitiva de prevenir a demência.
A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência.
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