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Biotecnológica lusa promete vacina e tratamento para infeções bacterianas

A Immunethep está a trabalhar na primeira vacina para prevenir infeções por cinco bactérias diferentes.

Biotecnológica lusa promete vacina e tratamento para infeções bacterianas
Notícias ao Minuto

14:58 - 12/01/22 por Ana Rita Rebelo com Lusa

Lifestyle Infeções

A biotecnológica portuguesa Immunethep tem em desenvolvimento uma vacina injetável e um tratamento contra as infeções bacterianas, como o Notícias ao Minuto havia avançado em dezembro

"Estamos a trabalhar na primeira vacina para prevenir infeções por cinco bactérias diferentes, como a E Coli, que são conhecidas por superbactérias, porque são resistentes aos antibióticos. Temos também um outro produto para tratar essas próprias infeções e uma parceria com a americana Merck", revelou Bruno Santos, CEO da empresa portuguesa de biotecnologia, em entrevista ao Notícias ao Minuto.

A vacina em desenvolvimento contra infeções bacterianas resistentes a antibióticos baseou-se numa investigação desenvolvida na Universidade do Porto "realmente única" ligada à própria criação da Immunethep, em 2014.

"Não estamos a atacar cada uma das bactérias isoladamente. Foi descoberto um mecanismo que todas essas bactérias usam e estamos a falar de bactérias conhecidas pela sua resistência a antibióticos e responsáveis por grande parte das infeções hospitalares. Ao ter sido descoberto o porquê de elas estarem a ultrapassar o nosso sistema imunitário e serem capazes de nos infetar e terem um mecanismo comum, com esta abordagem conseguimos fazer uma vacina que tem capacidade de prevenir infeção de cinco bactérias diferentes", disse à agência Lusa Bruno Santos, cofundador e administrador executivo da biotecnológica.

Lembrando que no mercado, atualmente, "há vacinas que conseguem prevenir alguns subtipos de cada bactéria", Bruno Santos frisou que a tecnologia "muito mais abrangente" em desenvolvimento na Immunethep "é um produto que vai ser revolucionário" e que irá entrar em ensaios clínicos. "Devido a ser algo completamente novo e um mecanismo completamente novo do que o usado até agora, exigiu da nossa parte uma investigação maior no desenvolvimento", explicou.

Uma das bactérias visadas pela nova vacina é a pneumococo - principal responsável por pneumonias e meningites, entre outras doenças - "em que as vacinas que estão no mercado, juntas, representam cerca de sete mil milhões de vendas por ano". "O nosso produto é, claramente, um que pode substituir esse assim que chegue ao mercado", argumentou Bruno Santos.

Paralelamente à vacina antibacteriana "que será sempre preventiva da infeção" e para além de outra contra a Covid-19, que aguarda financiamento estatal, a Immunethep (que possui uma equipa de 10 pessoas), está a desenvolver um tratamento por anticorpos monoclonais - que ajudam o sistema imunológico a combater doenças mais rapidamente - passível de ser aplicado a doentes "quando os antibióticos não funcionam".

"A vacina está numa fase mais adiantada, os anticorpos numa fase ainda mais atrasada, mas já temos parcerias [com empresas farmacêuticas e outras entidades] à escala global e continuamos esse desenvolvimento", frisou Bruno Santos.

Leia também: Ómicron. Vacina lusa potencialmente eficaz aguarda financiamento estatal

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