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O cotonete deve ir até ao fundo do nariz durante o teste de despiste?

Saiba como funciona, afinal, o método implementado a partir da pandemia de gripe A de 2009 para o diagnóstico de doenças virais respiratórias.

O cotonete deve ir até ao fundo do nariz durante o teste de despiste?
Notícias ao Minuto

10:06 - 29/11/21 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Covid-19

O procedimento que requer a coleta de células das membranas mucosas do trato respiratório com zaragatoas já não é novidade para ninguém. O método foi implementado a partir da pandemia de gripe A de 2009 para o diagnóstico de doenças virais respiratórias e tornou-se recorrente na era da Covid-19. Mas o método continua a levantar questões. A que profundidade deve o cotonete ser inserido? A que se deve a dor? 

O cotonete é inserido numa passagem que leva à cavidade nasal, que se encontra dentro de um osso coberto por um tecido macio e sensível. Na parte posterior desta cavidade, alinhada com o lóbulo da orelha, está a nasofaringe, onde a parte de trás do nariz encontra o topo da garganta, um dos locais onde o vírus está se replica ativamente. "As pessoas não estão habituadas a sentir essa parte do corpo", explica Noah Kojima, médico residente da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, e especialista em doenças infeciosas, ao The New York Times.

Yuka Manabe, da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, explica que a dor ocorre quando o cotonete é inserido no ângulo errado. "Se não inclinar a cabeça para trás, não alcança a garganta." Ou seja, "acerta no osso". E insiste: o teste "não deve provocar dor".

Citando dados publicados em julho na PLOS One, o The New York Times escreve que os especialistas tendem a concordar que introduzir o cotonete até ao fundo do nariz parece ser o método mais preciso para detetar a presença do vírus (98%). 

Acrescenta ainda que as  há mais relatos de dor entre as mulheres. Isso deve-se ao facto de alguns cotonetes serem demasiado grandes em comparação à anatomia facial das mulheres. 

Leia Também: OMS. Ainda não há indícios que Omicron provoque casos mais graves

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