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Cruzamento entre a música e as neurociências abordado no Music4l-mente

"É no cérebro que a música acontece, é nele que a interpretamos. Os concertos que se seguem aos prelúdios científicos colocam-nos à prova ao pôr-nos música na mente, a que acederemos mais despertos e informados", disse à agência Lusa o curador do ciclo, o pianista Filipe Pinto-Ribeiro.

Cruzamento entre a música e as neurociências abordado no Music4l-mente
Notícias ao Minuto

16:48 - 05/11/21 por Lusa

Lifestyle Cérebro

O ciclo de concertos Music4l-mente, que se inicia na próxima quinta-feira, "explora o cruzamento entre a música e as neurociências", disse à agência Lusa o seu curador, o pianista Filipe Pinto-Ribeiro.

O ciclo, que se prolonga até junho do próximo ano, marca a estreia em Portugal dos quartetos de cordas Michelangelo, Hermès, Cosmos e Gropius, e apresenta concertos de música de câmara com palestras científicas, propondo uma reflexão sobre a relação entre a música e o cérebro, explicou à Lusa Pinto-Ribeiro.

"É no cérebro que a música acontece, é nele que a interpretamos. Os concertos que se seguem aos prelúdios científicos colocam-nos à prova ao pôr-nos música na mente, a que acederemos mais despertos e informados", disse Pinto-Ribeiro.

Além dos ensembles, "quatro investigadores de renome internacional lançam temáticas sobre a relação íntima - fisiológica, terapêutica -, entre a música (o som, o ruído) e o cérebro", adiantou o curador, que coordenou o livro "O Tempo na Ciência e na Música", publicado este ano, no âmbito do 25.º aniversário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O pianista português realçou a "assinalável dimensão internacional, tanto a nível musical como científico" dos concertos que acontecem entre este mês e junho do próximo ano, no Mosteiro de São Bento da Vitória, no Porto, e, em Lisboa, no Teatro Thalia.

O concerto de abertura, na próxima quinta-feira no Porto e no dia seguinte em Lisboa, é protagonizado pelo Quarteto Michelangelo - Mihaela Martin e Conrad Muck (violinos), Michael Barenboim (viola d'arco) e Frans Helmerson (violoncelo) --, com Filipe Pinto-Ribeiro, ao piano, e que vão interpretar obras de Ludwig van Beethoven, Alexander Tcherepnin e Robert Schumann.

Completa esta sessão a palestra de Barbara Tillmann, da Universidade de Lyon, intitulada "Neurocie^ncias e mu´sica: Da investigac¸a~o ba´sica a`s implicac¸o~es para a educac¸a~o, sociedade e sau´de".

"Nos últimos 20 anos, o domínio da investigação dedicado às neurociências na música, a perceção e a produção expandiram-se consideravelmente. Esta apresentação irá, primeiro, propor uma visão geral de algumas pesquisas básicas que investigam as correlações cognitivas e nervosas da música em processamento. Estas descobertas forneceram a base para a investigação do potencial benefício de ouvir música e estudar música para o cérebro saudável, da juventude à velhice", referiu Pinto-Ribeiro.

A segunda etapa deste ciclo cumpre-se a 6 de janeiro no Mosteiro de São Bento da Vitória e, no dia seguinte, no Teatro Thalia, com o Quarteto Hermes -- Omer Bouchez e Elise Liu (violinos), Lou Yung-Hsin Chang (viola d'arco) e Yan Levionnois (violoncelo), que vão interpretar obras de Franz Schubert. A sessão inclui uma palestra pelo neurocientista Nuno Sousa, da Universidade do Minho, intitulada 'Emoções evocadas pela música: cinética e dinâmica no cérebro"'

O ciclo tem uma comissão científica constituída por António Damásio, Barbara Tillmann, Hanna Damásio, Maria Majno, Nuno Sousa e Stefan Kölsch, e é organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, pelo Teatro Nacional São João, e pela associação musical DSCH.

No dia 21 de abril, no Porto, e no dia seguinte em Lisboa, toca o Quarteto Cosmos - Helena Satué e Bernat Prat (violinos), Lara Fernández (viola d'arco) e Oriol Prat (violoncelo) -- obras de Robert Schumann e Maurice Ravel.

Nesta sessão participa Maria Majno, vice-presidente da Fundação italiana Mariani para a Neurologia Pediátrica, que abordará "a redescoberta dos papéis-chave das mulheres na música até às principais implicações sociais, ao papel dinâmico de estudiosos, compositores e intérpretes; a importância dos estudos de género relacionando-se com a música", disse Pinto-Ribeiro.

O primeiro ciclo Musica4l-mente encerra em junho do próximo ano, no dia 2, no Mosteiro de São Bento da Vitória e, no dia seguinte, no Teatro Thalia, com o Quarteto Gropius - Friedemann Eichhorn e Indira Koch (violinos), Alexia Eichhorn (viola d'arco) e Wolfgang Emanuel Schmidt (violoncelo) -, ao qual se junta Filipe Pinto-Ribeiro, para interpretarem obras de Felix Mendelssohn, Fazil Say e Antonín Dvorák.

Esta última sessão contará com o investigador germano-norte-americano Stefan Kölsch, da Universidade de Bergen, na Noruega, que falará sobre "O que acontece no cérebro e no corpo quando a música nos surpreende?".

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