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Covid-19: Medicamento experimental diminui 99% da carga viral

Um novo fármaco intravenoso conseguiu atacar o genoma do coronavírus SARS-CoV-2, por trás da doença da Covid-19, impedindo assim a sua replicação no órgão respiratório de camundongos.

Covid-19: Medicamento experimental diminui 99% da carga viral
Notícias ao Minuto

08:23 - 19/05/21 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Tratamento

Um estudo divulgado no Molecular Therapy, realizado por cientistas australianos, relata os resultados preliminares de um potencial novo tratamento para a Covid-19 que consiste num medicamento capaz de travar a replicação do novo coronavírus em camundongos infetados, conforme explica um artigo publicado na prestigiada revista Galileu.

O fármaco, que ainda não foi testado em seres humanos, recorre a um processo de atuação denominado de 'silenciamento de genes'.

A pesquisa levada a cabo pelas instituições australianas Menzies Health Institute Queensland (MHIQ) e Universidade Griffith e pelo centro norte-americano de investigação clínica City of Hope, mapeou pequenos fragmentos de RNARNAs curtos de interferência (siRNAs) – com a habilidade de atacar o genoma do SARS-CoV-2. Por outras palavras, o material genético que inclui dados que permitem a sua reprodução e replicação nas células humanas. 

Segundo o novo estudo internacional, foram identificados três siRNAS distintas que ao entrarem em contato com o coronavírus, impedem a replicação do vírus em mais de 90%, seja sozinhos ou em conjunção uns com os outros.

"É uma tecnologia que trabalha com pequenos fragmentos de RNA que podem se ligar especificamente ao genoma do vírus. Essa ligação faz com que o genoma não funcione mais e, de facto, faz com que as células o destruam, cortando-o", disse, em vídeo, Nigel McMillan, líder da pesquisa e diretor do Programa de Doenças Infeciosas e Imunologia do MHIQ.

De modo a reter o antiviral, explica a revista Galileu, os especialistas criaram nanopartículas constituídas por lípidos (LNPs), que correspondem à mesma tipologia de nanopartícula que detém o mRNA presente nas vacinas da Moderna e da Pfizer contra a Covid-19.

Posteriormente, os investigadores injetaram a substância intravenosamente em camundongos infetados pelo SARS-CoV-2, com o intuito de que o fármaco percorresse a corrente sanguínea dos bichos até atingir os pulmões, aquele que é um dos órgãos mais afetados pela patologia pandémica, e, lá, destruísse o genoma do novo coronavírus, impossibilitando assim a sua reprodução.

Os investigadores referem que a "injeção in vivo demonstrou uma repressão robusta do vírus nos pulmões e uma significativa vantagem de sobrevivência" aos animais que receberam o fármaco, registando-se uma diminuição de até 99,9% na carga viral.

De acordo com McMillan, a droga farmacológica isola e combate especificamente o genoma do coronavírus SARS-CoV-2, sem causar efeitos secundárias noutras células.

Afirmando num comunicado emitido à imprensa: "essas nanopartículas furtivas podem alcançar uma ampla gama de células pulmonares e silenciar genes virais".

Estas nanopartículas utilizadas para encapsular os siRNAs duram mais de um mês se forem armazenadas à temperatura ambiente e durante 12 meses mantidas à temperatura de 4º C. O que significa que o medicamento poderá ser potencialmente usado em ambientes hospitalares diversos, desde os mais desenvolvidos aos mais economicamente carentes.

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