Dicas simples para comunicar melhor

Se há algo que os últimos anos nos ensinaram, é a importância da comunicação. Política, questões sociais e uma crise global dividiram-nos como nunca antes e é assustador observar como até mesmo os nossos líderes têm dificuldade em comunicar uns com os outros. Mas há esperança!

Estas dicas da especialista Celeste Headlee podem ser aplicadas no trabalho ou em casa. Seja a falar com o seu parceiro, um amigo ou alguém de quem discorda fundamentalmente, pode aplicar estes métodos para comunicar melhor. Clique na galeria para saber mais.

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Celeste Headlee

Celeste Headlee trabalha como apresentadora de rádio há décadas. Durante esse tempo, teve de falar com pessoas que admira, pessoas de quem não gosta e pessoas cujas crenças contradizem completamente as suas. Ao longo dos anos, aprendeu a ter uma ótima conversa com todos eles.

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A chave para uma boa comunicação

Uma boa conversa tem tudo que ver com equilíbrio entre falar e ouvir. Como sociedade, estamos a tornar-nos mais polarizados e menos dispostos a comprometer as nossas crenças, o que significa que estamos menos dispostos a ouvir.

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"We Need to Talk"

Alguns anos atrás, Headlee decidiu que não havia melhor momento para consolidar todo o conhecimento que tinha adquirido na sua carreira e partilhá-lo com o mundo. Foi assim que escreveu o livro Precisamos de Conversar, que descreve as 10 principais dicas para ter melhores conversas.

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Esqueça tudo o que aprendeu!

Já muitas vezes ouvimos dicas de conversação, como: olhar a pessoa nos olhos; acenar com a cabeça para mostrar que estamos a ouvir e entender; e repetir o que ela disse usando as nossas próprias palavras. Headlee diz para esquecer todos esses disparates. Não é preciso encontrar maneiras de fazer parecer que está a prestar atenção, se estiver mesmo!

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Os profissionais da conversa

Entrevistadores profissionais e apresentadores de programas de entrevistas sabem como navegar suavemente em assuntos difíceis sem ofender e conseguem retirar o melhor dos seus convidados.

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As 10 regras de Headlee

As técnicas usadas por esses profissionais podem ajudar cada um de nós a ter melhores experiências e melhores conversas em nossa vida diária. Vejamos então as 10 regras de Celeste Headlee.

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1. Não faça outras coisas ao mesmo tempo

Todos sabemos que é má educação e desanimador olharmos para o telemóvel enquanto alguém está a falar connosco. Muitos de nós ainda o fazem às vezes, especialmente se estamos com alguém que vemos todos os dias, como os nossos parceiros ou família. Esta é óbvia.

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1. Não faça outras coisas ao mesmo tempo

Mas Headlee leva esse princípio mais longe. Fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo não inclui apenas olhar para o telemóvel ou verificar as unhas — inclui até mesmo o que nos vai na cabeça. Se estamos a pensar sobre o que vamos jantar, não estamos totalmente presentes. Não estamos realmente a ouvir.

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1. Não faça outras coisas ao mesmo tempo

É preferível adiar a conversa para uma melhor altura do que não estar a ouvir.

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2. Não dê sermões

Entre sempre numa conversa presumindo que tem algo a aprender. Se pensarmos bem, toda a gente pessoa sabe pelo menos uma coisa que nós não sabemos. Se entrarmos numa conversa apenas para dar a nossa opinião e não debatermos ou ouvirmos o outro lado, de que adianta? Nunca aprenderemos nada assim.

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2. Não dê sermões

Se pudermos pôr o nosso ego de parte e estivermos dispostos a aprender, teremos com certeza conversas mais recompensadoras. As pessoas estarão mais abertas e estabeleceremos uma melhor relação com o nosso interlocutor. Isso aplica-se a uma conversa com o seu filho no carro a caminho da escola ou uma conversa com um colega difícil.

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3. Não faça perguntas de "sim" e "não"

Quando estiver a falar com outra pessoa, tente fazer perguntas simples e abertas como "como foi isso?" ou "como se sentiu?" Se fizer uma pergunta que já fornece alguns detalhes, por exemplo, "não foi estranho?", ela provavelmente dirá apenas "sim, foi estranho". Não deixa muito espaço para reflexão da outra parte.

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3. Não faça perguntas de "sim" e "não"

Uma pergunta aberta faz-nos pensar mais, o que geralmente resulta numa resposta mais honesta e interessante.

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4. Deixe a conversa fluir naturalmente

As conversas geralmente trazem-nos muitos pensamentos à mente, mas se nos ocorre um pensamento enquanto alguém está a falar, o melhor é deixá-lo ir. Se pensar numa história engraçada ou numa experiência pessoal, vai estar a tentar lembrar-se disso em vez de prestar plena atenção.

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4. Deixe a conversa fluir naturalmente

Já todos nós tivemos conversas em que terminamos de falar e a outra pessoa começa de imediato a sua própria história, sem abordar o que acabámos de dizer. É claro que estava já a pensar nisso enquanto você falava e parou de o(a) ouvir. Não é simpático.

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5. Se não sabe algo, assuma-o

Muitas pessoas têm a tendência de inventar explicações ou especular sobre coisas quando a verdade é que simplesmente não sabem. Poupe energia e potencial embaraço assumindo que não sabe.

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6. Não sinta a necessidade de espelhar as mesmas experiências

Quando alguém nos está a contar sobre uma experiência que teve, muitas vezes temos um forte desejo de dizer "aconteceu-me o mesmo!" Ou pior, se nos contarem sobre algo mau, como uma separação ou uma lesão, tentamos retorquir com uma história ainda melhor…

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6. Não sinta a necessidade de espelhar as mesmas experiências

As conversas não são competições. Não há melhor maneira de fazer uma pessoa sentir que não está a ouvir do que mudar o foco da conversa para si. Todas as experiências são individuais e dignas de quaisquer emoções que as acompanhem.

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7. Tente não se repetir

Às vezes, não percebemos que o estamos a fazer, mas tende a surgir com mais frequência quando estamos a falar com crianças ou colegas de trabalho. Temos um ponto que precisamos de enfatizar, por isso continuamos a repeti-lo continuamente com palavras diferentes (ou até com as mesmas).

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7. Tente não se repetir

Isso pode parecer condescendente ou, no mínimo, aborrecido.

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8. Não se perca com detalhes irrelevantes

Não há necessidade de dar todos os detalhes ao contar uma história, como em que ano foi ou qual era o nome daquele antigo colega. É muito chato para o ouvinte quando se tenta lembrar desse detalhe inconsequente.

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8. Não se perca com detalhes irrelevantes

O que importa quando estamos a falar com uma pessoa é quem ela é e o que temos em comum. Deixe de lado todos os detalhes desnecessários e concentre-se em partilhar mais sobre si.

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9. Oiça

Este é de longe o mais importante. Inúmeras pessoas importantes e bem-sucedidas ao longo da História afirmaram que ouvir é, de longe, a competência mais valiosa que pode desenvolver.

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9. Oiça

O antigo filósofo grego Diógenes disse: "Temos dois ouvidos e uma língua para ouvir mais e falar menos." Num ponto igualmente válido, Calvin Coolidge disse: "Nenhum homem alguma vez perdeu um emprego por ouvir demasiado".

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9. Oiça

Uma das principais razões pelas quais não nos ouvimos uns aos outros é que, realisticamente, preferimos falar. Também nos distraímos facilmente. Uma pessoa fala em média a uma velocidade de 225 palavras por minuto, mas podemos ouvir a uma taxa de 500 palavras por minuto. Isso é muito espaço para os nossos cérebros preencherem. É preciso muita energia e concentração para realmente ouvir alguém, mas se não o está a fazer, então não está realmente na conversa.

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9. Oiça

Steve Covey, autor de Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes, colocou a questão desta forma: “A maioria de nós não escuta com a intenção de compreender. Ouvimos com a intenção de responder."

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10. Seja sintético(a)

Vá ao ponto. Sabemos como é difícil manter a concentração e envolver-se totalmente durante uma conversa, portanto, faça-se um favor a si mesmo(a) e ao seu companheiro e seja breve!

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Agora ponha em prática!

Celeste Headlee encara o mundo assumindo que cada pessoa tem algo interessante para dizer. Tenta manter a boca fechada o máximo possível, ouve com atenção e com mente aberta, e espera ficar encantada. Ela diz que nunca fica desiludida.

Fontes: (TED)

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