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Mulheres grávidas têm risco mais elevado de sofrerem de Covid severa

Dados apontam que as mulheres apresentam uma maior probabilidade de serem admitidas nos cuidados intensivos se estiverem grávidas.

Mulheres grávidas têm risco mais elevado de sofrerem de Covid severa

© Shutterstock

Notícias ao Minuto
29/01/2021 11:52 ‧ há 4 anos por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Covid-19

As autoridades de saúde britânicas ainda estão a investigar os motivos do fenómeno, porém admitem que tal pode dever-se simplesmente a uma mudança no tipo de pessoas que são testadas ou são examinadas nos hospitais.

Lucy Chappell, professora e consultora obstetra e porta-voz do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (RCOG), disse em declarações ao jornal The Sun Online: "estamos a assistir a um possível sinal de que as admissões hospitalares e doença severa possam ser mais comuns nas mulheres grávidas, comparativamente às não gestantes, sobretudo em mulheres que estão no terceiro trimestre da gravidez". 

"Neste momento ainda estamos a recolher dados de modo a monitorizar a situação", acrescentou. 

As novas informações advêm de um relatório emitido este mês acerca dos pacientes em estado crítico em Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, compiladas pelo centro de pesquisa de cuidados intensivos Intensive Care National Audit and Research Centre (ICNARC).

O documento revela que há uma maior proporção de mulheres grávidas doentes internadas em hospitais, relativamente ao que sucedeu na primeira vaga de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19. 

Sete por cento das mulheres com menos de 50 anos internadas no hospital com Covid confirmada entre setembro e janeiro estavam grávidas na altura. 

Valor que está acima dos 3,7% vistos nos cuidados intensivos até 31 de agosto

Entretanto, a percentagem de gestantes que precisaram de ventilação dentro de 24 horas também aumentou de 2,4 para 6%. 

As mesmas tendências ascendentes foram observadas em mulheres que estiveram recentemente grávidas e deram à luz nas passadas seis semanas. 

Edward Morris, médico e presidente do RCOG, afirmou: "estamos cientes de que as mulheres grávidas representam uma fração maior dos internamentos de terapia intensiva com Covid-19 no estudo do ICNARC.

"Estamos atualmente a examinar o porquê do fenómeno, mas existem algumas possíveis razões". 

O especialista considera que poderá ser porque o número de mulheres grávidas que precisam de cuidados intensivos é tão baixo, que qualquer mudança é "magnificada". 

"Sabemos que há um aumento da prevalência do vírus entre as faixas etárias mais jovens nesta vaga", partilhou Morris, na medida em que previamente outros médicos já mencionaram que a segunda e terceira vaga levaram à hospitalização de pessoas mais jovens. 

"Outro fator é que poderá haver mais mulheres a testar positivo para Covid-19 por qualquer outro motivo, e a testagem têm aumentado", contemplou. 

Todavia, tornou-se claro que de todas as futuras mães, as do terceiro trimestre são as mais prováveis de necessitarem de cuidados intensivos devido à Covid-19. E tal pode resultar do facto do volume das suas barrigas colocar por sua vez pressão extra nos pulmões. 

Morris explicou: "as mulheres que adoecem gravemente com Covid-19 nos estágios mais avançados da gravidez têm um risco superior de que o bebé nasça prematuramente, o que pode afetar a sua saúde a logo prazo". 

Contudo, os estudos sugerem que é improvável que a Covid provoque abortos espontâneos ou o nascimento de nados-mortos. 

 

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