"Nós inspiramo-nos muito nos anos 70 e no cinema, nas personagens de filmes, mas nesta coleção quisemos trazer uma parte mais real. Também por causa da pandemia, e [porque] hoje em dia vestimos roupa mais confortável", afirmou Inês Amorim, à agência Lusa.
Esta é a segunda participação da marca portuguesa na Semana da Moda de Paris, depois de, em julho do ano passado, ter sido a primeira marca portuguesa a chegar ao calendário oficial deste evento.
No entanto, devido às restrições sanitárias, a participação volta a ser digital, algo que a fundadora da marca considera até dar alguma "liberdade" criativa.
"Há uma liberdade. Podemos explorar a parte do cinema e a parte digital, assim conseguimos fazer o processo todo e, com o filme, conseguimos transmitir sentimentos que com um desfile é mais difícil", sublinhou a criadora.
A marca aproveitou este momento em que os consumidores estão a optar por roupa mais confortável para introduzir malhas, 't-shirts' orgânicas e calças de ganga na coleção de Inverno 2021, que vai apresentar nesta sexta-feira na Semana da Moda de Homem de Paris.
Mesmo com uma presença digital, Inês Amorim defende que a participação no evento captou novos clientes e a atenção do mercado internacional.
"Tivemos muito bom 'feedback' em relação ao nosso vídeo, também por ter sido bastante pessoal, e houve uma proximidade. E notámos em termos de vendas, conseguimos mais clientes", referiu.
Assim, além dos mercados do Japão, Coreia e alguns pontos nos Estados Unidos, a Ernest W. Baker é agora também vendida no Canadá e em Itália.
A presença da marca portuguesa entre marcas como Dior, Louis Vuitton e Paul Smith, é apoiada pelo Portugal Fashion.
A Semana da Moda de Homem de Paris decorre este ano entre 19 e 24 de janeiro, e os desfiles são exclusivamente digitais.