Asma, depressão e genética podem contribuir para aborto espontâneo
Estudo que analisou os dados clínicos de 420 mil mulheres associa mutações na placenta e condições como a asma e depressão a um risco mais elevado de perder o bebé.
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O aborto espontâneo é uma ocorrência que afeta aproximadamente 15% das mulheres. Contudo, os fatores genéticos e ambientais que provocam a interrupção natural da gravidez ainda não são plenamente compreendidos pela comunidade médica e científica, reporta um artigo publicado na revista Galileu.
Estima-se, aliás, de acordo com um estudo realizado por investigadores da Universidade de Tartu, na Estónia, que até dois terços das causas de abortos espontâneos não são de todo identificadas.
A pesquisa que analisou informações genéticas de 420 mil mulheres de todo o mundo, indica que o aborto pode ser incitado por alterações genéticas ligadas à biologia da placenta.
Adicionalmente, o estudo estoniano salienta a existência de fatores de risco como asma, depressão e síndrome do intestino irritável.
A principal autora do artigo, Triin Laisk, afirma que é necessária a realização de mais pesquisas que incidam sobre os genes dos progenitores e dos fetos, de modo a entender com mais exatidão as causas por trás dessas interrupções de gravidez involuntárias.
"No futuro, poderemos saber mais sobre a biologia por trás de uma gravidez bem-sucedida e sobre o impacto a longo prazo do aborto espontâneo na saúde geral", refere Laisk.
O estudo foi publicado na revista científica Nature Communications.
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