Covid-19. Estudo lança dúvidas sobre a eficácia do tratamento com plasma
O plasma sanguíneo dos recuperados não mostrou benefícios para pacientes que desenvolveram pneumonia devido à gravidade da infeção.
© Shutterstock
Lifestyle Covid-19
No início da pandemia, relatos sugeriram infundir pacientes gravemente doentes com plasma sanguíneo de pessoas que recuperaram da Covid-19.
Mas as descobertas de um novo estudo, divulgadas esta terça-feira no New England Journal of Medicine, afirmam que essas crenças iniciais podem ter sido infundadas.
O plasma sanguíneo dos recuperados não mostrou benefícios para pacientes que desenvolveram pneumonia devido à gravidade da infeção, relataram os investigadores da Argentina.
O chamado plasma convalescente, que fornece anticorpos de sobreviventes a pessoas infetadas, não melhorou o estado de saúde de pacientes criticamente enfermos ou reduziu o seu risco de morrer da doença, quando comparado com um placebo.
Para chegarem a esta conclusão, os investigadores designaram aleatoriamente 333 pacientes hospitalizados com pneumonia grave para receber plasma convalescente ou um placebo. Após 30 dias, não verificaram diferenças significativas nos sintomas ou na saúde dos pacientes. As taxas de mortalidade foram quase as mesmas: 11% no grupo que recebeu o plasma e 11,4% no grupo que recebeu o placebo, uma diferença que não é considerada estatisticamente significativa.
Ainda é possível que o plasma convalescente possa ajudar os pacientes menos doentes que recebem o tratamento mais cedo na doença, disse o líder do estudo, Ventura Simonovich, do Hospital Italiano de Buenos Aires.
Um outro ensaio, publicado no sábado no medRxiv antes da revisão por pares, descobriu que quando os pacientes idosos com Covid-19 receberam plasma convalescente 72 horas após o início dos sintomas, em vez de um placebo, eles tinham significativamente menos probabilidade de ficarem gravemente doentes.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com