Anemia: Pela sua saúde, leve o ferro a sério
Sabia que um em cada cinco portugueses sofre de anemia? E que um em cada três tem baixos níveis de ferro? No Dia da Anemia, esclarecemos tudo sobre esta condição que pode comprometer seriamente a sua saúde: não a desvalorize. A pandemia de Covid-19 não pode ser 'desculpa' para que ponha a sua vida em perigo ao negligenciar outros problemas.
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Nunca as preocupações com a saúde foram tão prementes como nos dias que correm. Mas numa altura em que combater a pandemia de Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, se tornou numa luta hercúlea que concentra esforços à escala global, importa não subestimar outras condições que podem colocar em risco a nossa saúde. Os alertas, de resto, têm sido vários. A comunidade médica tem vindo a mobilizar-se no sentido de apelar para a necessidade de não ignorarmos problemas cujos custos para a vida de cada um podem vir a ser elevadíssimos.
Hoje, assinalando o Dia da Anemia, falamos desta condição que lhe soará familiar ao ouvido. Mas até que ponto é conhecedor das implicações que pode ter? Do que está na origem do problema aos sintomas a que deve estar atento, passando pelo diagnóstico e tratamento, explicamos-lhe tudo o que deve saber sobre a anemia, que afeta um cada cinco portugueses, bem como sobre a deficiência de ferro, que potencia a anemia e que atinge um em cada três portugueses.
Comecemos pelo ferro. Trata-se de um nutriente fundamental, existente na hemoglobina, que por sua vez está presente nos glóbulos vermelhos e tem como função transportar o oxigénio dos pulmões para o resto do corpo. Sim, porque sem oxigénio nem o cérebro funciona devidamente, nem os músculos respondem de forma ajustada. Além disso, o ferro tem também uma palavra a dizer em matéria de imunidade, sendo um importante agente no combate de infeções.
Precisa mesmo de acabar aquela tarefa com caráter de urgência no trabalho e por mais que tente focar-se não consegue? Sai para a sua caminhada habitual, mas depois de descer um lance de escadas mais parece que correu a maratona? Desconcentração constante, cansaço de manhã à noite sem motivo aparente. Sim, estes sinais podem ser resultado de falta de ferro ou de anemia e, indelevelmente, hipotecam a qualidade de vida.
Mas não é só por uma questão de conforto no quotidiano que é imperativo que estejamos atentos. Na eventualidade, por exemplo, de nos debatermos com uma infeção pelo novo coronavírus, tão mais importante será assegurar que a batalha será travada sem outras comorbidades. E mesmo que não seja o caso. Se não for tratada, a anemia pode trazer sérias complicações que seriam evitadas perante um diagnóstico mais precoce. Portanto, se desconfia que alguma coisa não está bem, não hesite em recorrer a um médico. Palavra de ordem: não desvalorizar.
Carência de ferro? Eis o que acontece ao seu corpo...
Debrucemo-nos mais a fundo sobre a carência de ferro. Tem ideia do que acontece concretamente caso o organismo não receba ferro suficiente? Ora, baixas reservas de ferro podem contribuir para que o corpo produza menos glóbulos vermelhos e, por consequência, anemia. Por sua vez, a ausência de tratamento tenderá a agravar outras patologias pré-existentes, como, por exemplo, insuficiência cardíaca, tendo em conta que o coração estará sujeito a um maior esforço - aqui tem mais um (forte) motivo para não subestimar esta condição.
No entanto, nem sempre é simples perceber os sinais da deficiência de ferro e da anemia, uma vez que facilmente podem ser ignorados ou mesmo confundidos com sintomatologia típica de outras situações. Como vimos acima, um dos sintomas mais flagrantes é a fadiga ou exaustão, que derivam da menor destreza do sangue em transportar oxigénio. Não, não foi 'só' um dia mais exigente do que o normal. Não, não é fruto da sua imaginação. É um problema, que pode vir a revelar-se grave. Mais uma vez: não facilite e procure ajuda especializada.
Sintomas (por vezes) enigmáticos, mas diagnosticar é simples
A contrastar com a dificuldade em reconhecer os sintomas associados à carência de ferro e à anemia está o facto de, através de análises clínicas - que deverão ser sempre prescritas e analisadas por um médico -, ser bastante fácil identificar anomalias nos valores. Para lá do hemograma (já ouviu falar, certo?) é ainda essencial avaliar os níveis de ferritina no sangue.
Saliente-se que, de acordo com a Norma de Orientação Clínica da Direção-Geral da Saúde, entende-se que estamos perante uma situação de anemia se o valor de hemoglobina for inferior a 13 g/dL nos homens e 12 g/dL nas mulheres, e de ferropénia - ou deficiência das reservas de ferro - se o valor de ferritina for inferior a 30 ng/mL na população adulta.
Há quanto tempo não faz análises? Mesmo que se sinta bem, um check-up regular poderá ser muito útil para detetar algum problema de saúde que, eventualmente, possa estar mascarado.
Tenho anemia. E agora?
Assim que o diagnóstico esteja confirmado - reforçamos que o mesmo deverá ser feito por um médico - ser-lhe-á recomendada a melhor opção de tratamento, sendo que o medicamento mais indicado para corrigir os níveis de ferro varia em conformidade com o grau de deficiência de ferro e da anemia. Em casos mais graves, o tratamento com ferro endovenoso poderá ser a alternativa mais adequada.
Porque não é demais repetir, a pandemia de Covid-19 que enfrentamos não pode contribuir para que negligenciemos outras condições potencialmente graves. E agora que já esclarecemos por que razões deve levar o ferro a sério, reiteramos o apelo: na eventualidade de desconfiar que está com anemia ou deficiência de ferro, fale com o seu médico!
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