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Mutação genética pode curar cancro no diabo-da-tasmânia (e em humanos!)

Uma equipa de investigadores apurou que a alteração que provoca o retroceder do cancro nos animais exóticos, manifesta-se igualmente em determinados tipos de tumores nos seres humanos.

Mutação genética pode curar cancro no diabo-da-tasmânia (e em humanos!)
Notícias ao Minuto

09:30 - 11/08/20 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Descoberta científica

O estudo norte-americano, publicado no periódico Genetics, e partilhado pela revista Galileu, deteta a presença de uma modificação genética capaz de diminuir a expansão do tumor facial do diabo-da-tasmânia (DFTD).

"Esse gene está presente em cancros humanos da próstata e cólon”, afirma Andrew Storfer, professor e um dos autores do estudo, da Universidade do Estado de Washington (WSU), nos Estados Unidos. 

Segundo os investigadores desde a década de 1990, que o tipo raro de tumor - o DFTD - tem vindo a chacinar esses marsupiais carnívoros na costa sudeste da Austrália.

O DFTD distingue-se por uma particularidade específica que o torna enormemente fatal - é transmissível. Ocorre um processo biológico no qual células cancerígenas são propagadas de um animal para outro através de mordidas. A patologia caracteriza-se pelo aparecimento de tumores no rosto ou no interior da boca, sendo na maioria dos casos letal. 

Como tal, os cientistas WSU e do Centro de Pesquisa para o Cancro Fred Hutchinson, decidiram investigar uma possível cura e descobriram uma estrutura que pode ser aplicada em tratamentos para o diabo-da-tasmânia e, quem sabe para tratar tumores nas pessoas. 

Storfer e outros investigadores estudaram o ADN de casos de DFTD que regrediram naturalmente. Sendo que a mutação revelou ser responsável por esse processo, por outras palavras, e conforme explica a Galileu, nos testes realizados em laboratório, o gene alterado atrasou o desenvolvimento do cancro. 

Atualmente, os tratamentos mais utilizados consistem em remover a totalidade do tumor maligno, porém registam-se efeitos secundários muitas vezes violentos nos doentes.

“Se houvesse maneiras de fazer os tumores regredirem sem ter que administrar drogas citotóxicas ou cirurgias deformadoras, seria um grande avanço”, refere David Hockenbery, biólogo investigador na área do cancro no Fred Hutchinson. 

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