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O Museu do Oriente convida-o a cultivar corpo e mente sem sair de casa

O distanciamento social e a ausência de interação regular com o exterior não devem ser impeditivos de continuarmos a cultivar corpo e mente. Para fortalecer a auto-estima, o humor e o bem-estar geral, o Museu do Oriente sugere três actividades, para realizar num momento a sós ou partilhar em família.

O Museu do Oriente convida-o a cultivar corpo e mente sem sair de casa
Notícias ao Minuto

10:31 - 07/04/20 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Saúde física e mental

Aproveitar esta ocasião para sermos mais auto-suficientes na produção dos nossos próprios cosméticos é a sugestão de Dulce Mourato, formadora de bio-cosmética com plantas de ayurveda no Museu do Oriente.

A autora do livro 'Cosmética Natural' ensina a fazer uma máscara facial purificadora com argila verde, hidrolato de hortelã-pimenta, óleos essenciais e vitamina E. Basta aplicar com um pincel, evitando a zona dos olhos e deixar actuar durante 10 minutos. Para retirar, lavar com água tépida.

Após a acção abrasiva da máscara, Dulce Mourato recomenda fazer um arrefecimento à pele, seguindo-se a aplicação de um tónico à base de ácido hialurónico, e creme hidratante. Um pequeno ritual de beleza natural e bem-estar que vai deixar a pele radiante.

Construir uma máscara a partir de uma caixa de cereais, é a proposta para entreter os mais novos nos próximos dias. Muito para além da vertente lúdica que lhes reconhecemos no Ocidente, as máscaras, na Ásia, cumprem importantes funções simbólicas em cultos e rituais religiosos para espantar o mal, ou atrair a sorte e prosperidade. E o acervo do Museu do Oriente integra, na coleção Kwok On, um impressionante conjunto de máscaras de toda a Ásia.

Inspirando-se numa peça do Museu, a Chandrabhaga, usada nas representações do Chhau, teatro dançado com máscaras de Seraikala (Estado de Bihar, Índia), desafiam-se crianças de todas as idades a usar a sua criatividade para a representar.

O teatro Chhau costuma ser representado durante o festival anual Chaitra Parva, nas festividades dedicadas ao ciclo agrícola que coincide com a transição da lua, do sol e das constelações. As máscaras representam deuses, personagens ou entidades cósmicas, em cenas originais, como a noite que dança com a lua, ou o sol que seduz Chandrabhaga, uma jovem rapariga.

A base para a construção da máscara é uma caixa de cereais vazia. Para a decoração podem ser usados desde restos de tecidos, lãs, fitas, papéis de todo o tipo e textura. Se puder, aproveite para utilizar embalagens vazias, jornais já lidos, sacos e panfletos publicitários destinados à reciclagem. Botões, purpurinas, tintas e marcadores são outras opções. Por fim, não esquecer cola e tesoura, lápis e borracha.

Eis como fazer (vídeo explicativo):

1 - Instale a sua base de trabalho e reuna os materiais necessários.

2 - Abra a caixa e espalme-a. Seleccione a face a utilizar para a base e recorte, mantendo as secções laterais (para as orelhas). Dica: Não deite fora o resto da caixa, será útil para criar elementos decorativos

3- A lápis, desenhe o contorno do rosto e recorte em seguida.

4 - A lápis, marque o lugar dos olhos, nariz, boca e cabelo. Se pensa usar a máscara, tenha em atenção o posicionamento dos olhos e recorte os orifícios.

Dica: utilizando um molde, é mais fácil obter olhos com a mesma forma e tamanho. 

5 - Recorte, cole ou pinte os elementos, dando largas à sua imaginação e materiais ao seu dispor.

A Chandrabhaga do Museu é apenas um ponto de partida, deixe-se levar pelo processo! Dica: Para os elementos do toucado, use o que restou da caixa e recorte formas à sua escolha. Pode pintá-las ou revesti-las a tecido.

Por fim, uma sugestão de leitura que nos transporta para paisagens e culturas longínquas, no outro lado do mundo, pelas palavras de um apaixonado pela Ásia: Camilo Pessanha.

Considerado o expoente máximo do simbolismo em Portugal e autor de 'Clepsidra', Camilo Pessanha [Coimbra, 1867] muda-se para Macau em 1894 para leccionar Filosofia e exercer advocacia. Aí conhece Wenceslau de Moraes, com quem mantém uma amizade duradoura, mesmo após este se mudar para o Japão. Durante a sua estadia em Macau, onde haveria de morrer em 1926, Pessanha empreende estudos aprofundados sobre literatura e estética chinesas, aprende a língua, faz traduções e profere conferências. Fascinado pelos hábitos em extinção dos letrados e dos mandarins, a colecção de objectos que vai adquirindo ao longo dos anos é testemunho da sua admiração pelo universo dos eruditos chineses: álbuns de pintura, rolos de caligrafia, pedras de moer tinta, porta-pincéis, estatuetas e placas gravadas.

Com mais de duas centenas de objectos, Camilo Pessanha doou a sua colecção a Coimbra, sua terra natal, onde viria a integrar o acervo do Museu Nacional Machado de Castro. Algumas destas peças, em depósito no Museu do Oriente, podem ser vistas no núcleo dedicado ao Coleccionismo, na exposição Presença Portuguesa na Ásia.

Notícias ao Minuto© Museu do Oriente

O Museu do Oriente convida a conhecer melhor a obra deste autor, na sua vertente de sinólogo. No site da Biblioteca Nacional de Portugal, pode ser consultada a cronologia detalhada da sua vida e obra, bem como manuscritos das suas traduções de lendas chinesas.

O Museu do Oriente vai coligir uma galeria de imagens de trabalhos do público, por isso, quem quiser partilhar o seu, basta marcar a publicação com @museudooriente ou enviar por mensagem privada para o Museu do Oriente (os trabalhos serão identificados apenas com primeiro nome e inicial do sobrenome, ou apenas iniciais dos autores).

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