Comportamento antissocial pode ser explicado por diferenças no cérebro
Um estudo novo estudo levado a cabo por investigadores do Reino Unido e da Nova Zelândia aponta que pessoas que adotam um comportamente antissocial constante ao longo da vida apresentam uma estrutura cerebral diferente, nomeadamente no córtex cerebral.
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A nova pesquisa publicada no periódico científico The Lancet Psychiatry, analisou 672 indivíduos, comparando aqueles que eram antissociais com outros que não apresentavam esse traço.
Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores recorreram a exames de ressonância magnética cerebral de modo a identificar possíveis diferenças. Os participantes do estudo foram divididos nas seguintes categorias: 80 apresentavam um comportamento antissocial persistente ao longo da vida, 151 revelaram esse traço apenas na fase da adolescência e 441 apresentavam de todo essa particularidade.
Posteriormente, os investigadores mediram e compararam a espessura média e a área de superfície do córtex dos indivíduos para poderem descrever a massa cinzenta de cada grupo em particular. Além de analisar mais 360 adicionais regiões do córtex.
Os dados apurados constataram que as pessoas com comportamento antissocial persistente apresentaram uma área superficial menor e espessura cortical significativamente mais reduzida. Tinham ainda um córtex mais fino em 11 locais e a área superficial do cérebro mostrou ser mais diminuta em 282 das 360 regiões analisadas.
"Esta descoberta apoia a ideia de que, para a pequena proporção de indivíduos com comportamento antissocial persistente ao longo da vida, podem ocorrer diferenças na sua estrutura cerebral que dificultam o desenvolvimento de habilidades sociais", explicou a líder do estudo Christina Carlisi.
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