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Pela primeira vez células estaminais regeneram vértebras em humanos

Um artigo publicado na revista médica International Journal of Surgery Case Reports relata o tratamento de lesões vertebrais utilizando células estaminais do cordão umbilical numa matriz de hidroxiapatite (uma matriz mineral sintética semelhante ao osso original), pela primeira vez em humanos. Este tratamento experimental foi realizado numa doente de 27 anos com dor persistente na região lombar e consequente limitação dos movimentos.

Pela primeira vez células estaminais regeneram vértebras em humanos
Notícias ao Minuto

13:03 - 15/02/20 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Tuberculose

Anteriormente tinha sido diagnosticada com uma forma pouco comum de tuberculose que afeta a coluna vertebral que, quando não tratada, causa deformações nas vértebras, com graves repercussões no estado da coluna vertebral, saúde e qualidade de vida dos doentes. Apesar de corretamente medicada, a doente descontinuou a medicação antes do tempo indicado, tendo como consequência o alojamento, na coluna vertebral, da bactéria responsável pela doença, Mycobacterium tuberculosis, provocando deterioração das vértebras L1-L2 (região lombar). Devido à gravidade da situação, foi submetida a uma intervenção cirúrgica para estabilização da coluna vertebral ao nível das vértebras afetadas, tendo sido colocados parafusos para fixar essa região. No entanto, passado um ano, a doente ainda sofria de dor lombar persistente.

Por forma a melhorar a sua situação clínica, os autores testaram a aplicação de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical, combinadas com uma matriz de hidroxiapatite. As células estaminais, previamente criopreservadas, foram descongeladas e colocadas em cultura no laboratório. As células obtidas foram combinadas com a matriz de hidroxiapatite e, durante uma cirurgia, foram aplicadas diretamente nas vértebras afetadas. Passados três meses, a doente conseguia andar e não sentia dor, tendo melhorado significativamente.

De acordo com Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “os autores referem não ter encontrado sinais de deformação óssea ou de compressão da espinal medula após o tratamento. Para além disso, não se registaram complicações até 6 meses após o tratamento, o que sugere que esta alternativa terapêutica é segura, constituindo uma estratégia promissora para o tratamento de defeitos ósseos na coluna e outros locais.”.

Os exames realizados posteriormente revelam que as células estaminais combinadas com a matriz de hidroxiapatite preenchem com sucesso o defeito ósseo, tendo levado à regeneração das vértebras na posição correta.

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