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Pesquisa descobre como o cancro se forma (e pode ser logo na infância)

O novo estudo analisou mais de 2.600 genomas.

Pesquisa descobre como o cancro se forma (e pode ser logo na infância)
Notícias ao Minuto

08:36 - 10/02/20 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Genoma humano e cancro

Conforme informações avançadas pela revista Galileu, o projeto Pan-Cancer realizou um estudo sobre como e por que motivo cada variante de tumor se desenvolve no corpo humano.

O estudo envolveu 1.300 cientistas e clínicos de 37 países, e perdurou por mais de 10 anos. Durante esse período de tempo, os investigadores analisaram mais de 2.600 genomas de 38 tipos diferentes de tumores. A série de ensaios foi publicada na passada quinta-feira, dia 6 de fevereiro, no periódico científico Nature.

"Entre as principais conclusões do trabalho está a descoberta da enorme variedade de genomas de cancro", afirmou Peter Campbell, membro do comité diretor do projeto. Os cientistas detetaram mais de 80 processos por trás da formação das mutações genéticas do cancro. Entre elas, algumas estão associadas à faixa etária, outras são herdadas ou podem até estar ligadas a fatores do estilo de vida, como o tabagismo ou obesidade (decorrente do sedentarismo ou ao consumo de uma dieta pouco saudável).

Conclusões

O desenvolvimento precoce de certos tumores pode ter lugar décadas antes do diagnóstico, e surpreendentemente por vezes logo na infância. Ou seja, virtualmente haverá assim a possibilidade de atacar e travar a patologia muito antes desta se manifestar.

Os cientistas concluíram igualmente que inúmeras vezes e tendo em conta diferentes partes do corpo às vezes os tumores são muito extremamente semelhantes.

"Podemos ter um tipo de cancro da mama e da próstata em que as mutações são semelhantes. Isso significa que os pacientes podem beneficiar do mesmo tipo de tratamento", explicou Joachim Weischenfeldt, coautor e professor associado da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca.

Adicionalmente, também foi apurado que os padrões de mutações e onde ocorrem podem contribuir para identificar entre 1% e 5% dos cancros que ‘escapam’ à deteção por meio da realização de exames tradicionais e regularem.

Afinal, como se desenvolve um tumor no corpo humano?

Cada ser humano tem um conjunto de 30 bilhões de células, as quais passam por processos genéticos e se multiplicam, explica a revista Galileu. Ao se dividirem, o genoma completo, composto por 3.000 milhões de letras, deve ser copiado o A com o T e o C com o G.

Nesse processo, podem ocorrer erros de cópia, ou seja, as temidas mutações. Um ser humano pode acumular milhões desses erros, a grande maioria inofensiva, porém uma parte diminuta destas pode desencadear o cancro. Por isso, identificar qual é a nociva pode ser essencial para entender melhor a doença e criar novos tratamentos que a combatam ativamente.

"Com o conhecimento que adquirimos sobre as origens e a evolução dos tumores, podemos desenvolver novas ferramentas e terapias para detetar o cancron mais cedo, desenvolver tratamentos mais direcionadas e curar os pacientes com sucesso", disse Lincoln Stein, membro do comité de direção do projeto, numa declaração emitida pelo Ontario Institute for Cancer Research.

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