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Vencer a asma grave é possível com as 'armas' certas

"A asma grave afeta cerca de 10% da população com asma, que se estima que em Portugal seja de 700 mil pessoas (6,8% da população)", explica o médico Ulisses Brito, diretor do Serviço de Pneumologia do Hospital de Faro, num artigo de opinião que partilhou com o Lifestyle ao Minuto.

Vencer a asma grave é possível com as 'armas' certas
Notícias ao Minuto

12:49 - 28/01/20 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Médico explica

A asma é uma doença inflamatória crónica em que existe um broncoespasmo (aperto, estreitamento dos brônquios) desencadeado por factores alérgicos e não-alérgicos. Como consequência deste espasmo dos brônquios origina-se a sensação de falta de ar, com inflamação, levando a uma diminuição da passagem do ar que pode causar alterações na oxigenação do sangue.

As causas de asma são essencialmente alérgicas, sobretudo aos ácaros (pó da casa), pólens de árvores, gramíneas, flores, pelos de animais (cão, gato, cavalo), etc.; e não alérgicas, em que as crises são desencadeadas pelas infeções brônquicas virais ou bacterianas. Qualquer pessoa pode sofrer de asma, sendo que é mais frequente o seu aparecimento em jovens.

Os sintomas mais frequentes de asma são falta de ar, cansaço, pieira, tosse e sensação de aperto ou pressão no peito. Estes sintomas são mais intensos e frequentes nos casos de asma grave, em comparação com os casos de asma ligeira ou moderada. A asma grave afeta cerca de 10% da população com asma, que se estima que em Portugal seja de 700 mil pessoas (6,8% da população).

A asma grave corresponde a um quadro clínico de asma que requer tratamento com doses elevadas de corticosteróides inalados e um controlador adicional para prevenir o 'descontrolo' da doença. A asma grave tem um grande impacto na qualidade de vida dos doentes, que têm dificuldade em controlar os sintomas do dia-a-dia e têm um risco elevado de sofrer agudizações, os conhecidos “ataques de asma”, e com recursos frequentes aos serviços de urgência e necessidade de internamentos hospitalares. Segundo estudos recentes, cerca de 40% das pessoas com asma grave são internadas, pelo menos, uma vez por ano, devido a um ataque de asma.

Os estudos revelam ainda que cerca de um em cada cinco doentes de asma grave perdem, no mínimo, um dia de trabalho ou escola a cada 15 dias devido à doença e quase um em cada quatro (23%) dos adolescentes e adultos com asma grave já experienciaram, pelo menos, uma situação de “risco de morte”.

A utilização continuada e prolongada de doses elevadas de corticosteróides pode deixar as pessoas com asma grave mais predispostas a sofrer efeitos secundários importantes e repercussão na capacidade de realização de esforços físicos, bem como sujeitos a sofrer, a longo prazo, de problemas como excesso de peso, depressão, ansiedade, diabetes e hipertensão. Para alguns destes casos, existem novas terapêuticas biológicas que podem ser consideradas pelo médico que acompanha os doentes, já que têm comprovado ganhos importantes na qualidade de vida dos doentes.

Ter a asma controlada significa ter uma vida normal, em termos de realização de esforços físicos, não necessitar de recorrer aos serviços de urgência nem ter internamentos hospitalares, ou de recorrer a medicação que possa ter efeitos secundários indesejáveis ou que venham a causar outros problemas de saúde.

É no sentido de promover o diagnóstico da asma e da asma grave que a campanha nacional 'Vencer a Asma' chega ao Algarve, através de um roadshow em Portimão, hoje dia 28 de janeiro, na Alameda da Praça da República, e em Faro, no dia 29 de janeiro, junto ao coreto.

Nestes locais estará uma unidade móvel a distribuir informação sobre a doença e serão realizados rastreios, através de espirometrias e testes do controlo da asma. Esta iniciativa tem como objetivo promover a consciencialização e sensibilizar a comunidade para o impacto da asma grave, uma condição que, estima-se, possa afetar cerca de 10% dos 700 mil asmáticos portugueses.

Com o mote 'Vencer a asma, antes que a asma o vença a si!' a iniciativa envolve a Associação Portuguesa de Asmáticos (APA), Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) e Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (GRESP), com o apoio da GSKGlaxoSmithKline.

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