Reduzir apetite modificando o estômago eleva em 85% chances de emagrecer
Janeiro é, juntamente com setembro, o mês das dietas. Mais de metade da população tem como propósito de ano novo perder os quilos a mais ou, pelo menos, os que consumiram no natal, mas apenas 5% o conseguirá sem ajuda.
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Lifestyle Êxito na dieta
"95% das pessoas que tentam emagrecer sozinhas fracassam porque não conseguem controlar o seu apetido, por isso há cada vez mais pessoas que recorre aos especialistas", afirma o médico López-Nava, diretor da Unidade de Tratamento da Obesidade por Endoscopia do Hospital St. Louis (Lisboa), para quem a chave radica em controlar a fome e a ansiedade. “É quase impossível que uma pessoa que esteja acostumada a comer sem restrições consiga manter ao mesmo tempo uma dieta que reduz drasticamente as quantidades e o tipo de alimentas”, explica o doutor. “Se não ajudamos a reduzir o apetite e a controlar a ansiedade por comer, mais cedo ou mais tarde voltaram aos seus antigos costumes e ao seu peso ideal, com a frustração e o sentimento de fracasso que isto implica".
Atualmente, é possível aumentar a sensação de saciedade modificando a forma do estômago com técnicas endoscópicas, quer dizer, sem cirurgias, incisões nem cicatrizes, mas sim uma abordagem através da boca do paciente. Desta forma, o apetite reduz-se consideravelmente e é muito mais fácil cumprir a dieta. “É uma técnica muito segura, que não requer anestesia, mas uma ligeira sedação e com a qual o paciente volta à sua vida normal em menos de 24horas”, explica López-Nava.
“É a ajuda ideal para todas as pessoas que fica com fome e acabam por petiscar entre horas porque a dieta que seguem não sacia o apetite”, continua o doutor, que avisa que é necessário acompanhar estas técnicas de reeducação alimentar, exercício físico e apoio psicológico. “Com estes quatro pilares (modificação do estômago, dieta, exercício e apoio psicológico), a percentagem de êxito eleva-se para 85%”, conclui.
O Professor López-Nava é doutor cum laude em Medicina e Cirurgia, professor da Universidade San Pablo CEU, autor de numerosos artigos científicos e membro das mais importantes sociedades médicas dedicadas ao estudo da obesidade e as técnicas endoscópicas. É pioneiro no desenvolvimento de tratamentos endoscópicos para a obesidade a nível mundial e o primeiro a criar uma unidade hospitalar contra a obesidade que aborda este problema desde um ponto de vista multidisciplinar (nutricional, psicológico e desportivo), sendo formador e introdutor dos tratamentos da obesidade por endoscopia em 17 países da Europa, América e Asia. Atualmente dirige a Unidade de Endoscopia Bariátrica dos hospitais HM Sanchinarro (Madrid), HM Delfos (Barcelona) e Saint Louis (Lisboa).
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