Estudo revela que ursos podem ajudar a tratar obesidade em humanos
No estudo, foram analisadas várias espécies de mamíferos que hibernam, como o esquilo listrado, o tenreco, o microcebus e o morcego.
© All Rights Reserved/Rev. George Hooper via ViralHog/Wikipedia
Lifestyle Saúde
Se ganharmos dezenas de quilos e nos deitarmos numa cama durante meses, é quase certo que venhamos a desenvolver uma série de doenças: diabetes, insuficiência cardíaca, obesidade, entre muitas outras. A menos, claro, que sejamos um urso.
A questão que se impõe é: porque é que os animais que hibernam não têm problemas de saúde relacionados com a obesidade e a resistência à insulina?
Para tentar perceber, os investigadores da Universidade do Utah, Estados Unidos, realizaram um estudo publicado na revista Cell Reports, onde explicam que os hibernantes conseguem 'desligar' os elementos genéticos que controlam a obesidade.
No estudo, foram analisadas várias espécies de mamíferos que hibernam, e os investigadores perceberam que estes tinham desenvolvido regiões de fragmentos de ADN junto a genes ligados à obesidade em humanos, o que significa que existem semelhanças entre os genes dos animais que hibernam e o dos humanos obesos.
De acordo com um dos autores do estudo, Christopher Gregg, a diferença é que os animais que hibernam durante parte do ano desenvolveram maneiras de desligar os elementos genéticos que controlam a obesidade, o mesmo não acontece a mamíferos que não hibernam.
O estudo pode vir a ter um papel fundamental para o tratamento da obesidade. "Estas partes importantes do genoma [ligado à hibernação] estavam escondidas de nós em 98% do genoma que não contém genes – chamávamos-lhe ‘ADN lixo’", disse o investigador.
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