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Toma de anticoncecionais torna região do cérebro das mulheres menor

Descoberta poderia explicar por que algumas mulheres têm menor libido ou estão mais propensas a sofrer de depressão ao tomar a pílula.

Toma de anticoncecionais torna região do cérebro das mulheres menor
Notícias ao Minuto

09:15 - 11/12/19 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Pílula e alterações no hipotálamo

Para muitas mulheres, o uso da pílula anticoncepcional faz parte da rotina. E, por causa disso, muitas dúvidas podem surgir a respeito dos seus efeitos no corpo feminino, como alterações de humor e a diminuição da libido. E agora um novo estudo apresentado esta semana pode ter encontrado uma explicação: a pílula altera a estrutura do cérebro das mulheres.

De acordo com a pesquisa, mulheres que utilizam contracetivos orais têm o hipotálamo menor em comparação com aquelas que não o fazem. Os investigadores constataram que essa região do cérebro, responsável por regular o apetite, emoções e até mesmo a libido, reduziu em cerca de 6% nessas mulheres. “Para uma região do cérebro, essa é uma diferença considerável”, comentou Michael Lipton, da Faculdade de Medicina Albert Einstein, nos Estados Unidos, ao Live Science. A equipa ainda descobriu que um hipotálamo reduzido pode estar associado ao aumento dos níveis de raiva e sintomas depressivos.

Uma das explicações para esse fenómeno é o fato de que o hipotálamo produz hormonas que regulam o sistema endócrino do corpo e, portanto, ao tomar a pílula, essa parte do cérebro recebe a informação de que não necessita de produzir hormonas sexuais. Estudos anteriores mostraram que essas hormonas promovem o crescimento dos neurónios, ou seja, sem eles, essa função pode ficar prejudicada, provocando a referida diminuição no tamanho do hipotálamo.

Segundo a Organização da Nações Unidas (ONU), cerca de 150 milhões de mulheres tomam contraceptivos orais em todo o mundo. Apesar disso, os cientistas alertam que não há motivos para preocupações, nem para interromper o uso da pílula, já que essa alteração cerebral não afeta todo o cérebro nem prejudica funções mentais importantes. “Esses resultados não são para alarmar. Podem simplesmente apontar para uma questão que merece mais pesquisas”, acrescentou Lipton. 

Esse é o primeiro estudo a avaliar os efeitos da pílula no hipotálamo. As novas descobertas foram apresentadas na última quarta-feira durante a reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte. 

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