O património cultural mundial está em perigo. A mão do homem, em tempos criativo na conversão de obras únicas em monumentos de valor incalculável, é também responsável pela sua destruição. A urbanização descontrolada, a turbulência política, os desastres naturais e conflitos violentos ameaçam a transmissão do legado às gerações futuras.
O World Monuments Fund (WMF), uma organização privada sem fins lucrativos norte-americana, publicou o 'World Monuments Watch 2020', uma lista semestral em que reúne 25 locais de interesse social, cultural e histórico inquestionável que devem ser protegidos imediatamente.
São 10 monumentos do continente asiático, oito da América, cinco da Europa e dois de terras africanas selecionadas entre 250 candidatos de todo o planeta. Todos eles serão adicionados à lista de 836 locais em 135 países que, desde 1996, beneficiaram do programa da organização e foram ajudados a encontrar soluções que garantam a sua preservação.
No caso da Europa, o ano passado, o mundo foi assolado por um incêndio que ameaçava destruir um dos grandes ícones do Velho Continente: a catedral de Notre-Dame. Como consequência do incidente, a organização chamou à atenção para a necessidade de agir para preservá-lo.
Além do monumento parisiense, o 'World Monuments Fund' propõe mais quatro ações na Europa: a luta contra o despovoamento, a gentrificação e a superlotação turística das casas dos pátios da Axerquía, em Córdoba; a reabertura da capela e do cemitério Kindler, na cidade polaca de Pabianice; a manutenção do viaduto Bennerley, construído no Reino Unido durante a revolução industrial; e a procura de soluções que garantam o desenvolvimento sustentável e a vida dos habitantes da comunidade georgiana de Tush, no Parque Nacional de Tusheti.
