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Cientistas lusos criam tecnologia para combater contrafação de tabaco

Uma tecnologia de alta segurança desenvolvida pela Universidade de Coimbra está a ser usada na nova versão dos selos colocados nos maços de cigarros para evitar o contrabando e evasão fiscal, foi hoje anunciado.

Cientistas lusos criam tecnologia para combater contrafação de tabaco
Notícias ao Minuto

11:16 - 04/12/19 por Lusa

Lifestyle Tabaco

Investigadores do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), liderados por Nuno Gonçalves, desenvolveram e patentearam um sistema tecnológico de codificação e descodificação de informação, composto por diferentes elementos de segurança com vários níveis de complexidade, que é apresentado como sendo impossível de falsificar.

"Podem ter passado despercebidos, mas já estão em circulação novos selos fiscais para o tabaco produzidos pela Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM)", refere uma nota da Universidade de Coimbra, divulgada hoje.

Parte da tecnologia de alta segurança que suporta esta nova versão dos selos colocados nos maços de cigarros, para evitar o contrabando e evasão fiscal, tem a assinatura da Universidade de Coimbra, em parceria com a Imprensa Nacional Casa da Moeda.

"Uma das grandes vantagens do 'UniQode', assim se chama o sistema que também já está a ser utilizado no Documento Único Automóvel (DUA), é permitir a leitura e validação da autenticidade da marca em segundos, a partir de um dispositivo móvel (smartphone)", refere a UC.

A equipa de investigadores de Coimbra desenvolveu uma aplicação móvel que permite a leitura de elementos holográficos, em versões para os sistemas operativos Android e iOS.

Desde que estejam devidamente credenciados para efetuar ações de fiscalização, elementos da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ou da Polícia Judiciária, por exemplo, podem verificar, "em qualquer circunstância e de forma eficaz", a autenticidade da informação.

"Trata-se de um sistema robusto criado para ser lido por sistemas ubíquos [smartphones], com uma velocidade de leitura elevadíssima. Até aqui, o processo de validação era moroso e dispendioso, realizado apenas em contexto forense, em laboratório, com recurso a equipamentos específicos", afirma Nuno Gonçalves.

Segundo o investigador, a solução é "constituída por um conjunto de tecnologias, designadamente impressões com 'glitter', hologramas e códigos gráficos", reunindo as melhores e mais avançadas medidas de validação e segurança do mundo.

"Criámos algoritmos de segurança muito sofisticados. Além disso, o sistema contém elementos de segurança provenientes de diferentes fontes invisíveis. Por exemplo, a tecnologia de impressão com partículas de 'glitter' que desenvolvemos permite criar um identificador único por objeto, impossível de clonar", refere o investigador.

Aplicado com sucesso nos selos do tabaco e no DUA, o 'UniQode', que é uma marca registada pela INCM, pode estender-se a outros mercados.

"Apresenta um vasto leque de aplicações ao nível de proteção de marca, desde medicamentos, produtos alimentares, bebidas alcoólicas, calçado, produtos de luxo e marcas desportivas até ao marketing e comunicação", adianta o coordenador do projeto.

Nuno Gonçalves refere ainda que a aplicação (app) de validação "pode também ser alargada ao cidadão comum, permitindo-lhe não só verificar a autenticidade dos seus documentos ou de determinado produto que pretenda adquirir, por exemplo, uma joia, como também ser um aliado das autoridades no combate à fraude e contrafação".

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