Psicopatas são pessoas que demonstram um certo conjunto de traços de personalidade antissocial, como narcisismo, sadismo e falta de empatia. Parece alguém que conhece? A revista norte-americana TIME revelou algumas características inesperadas que podem indicar psicopatia:

Gosta de bebidas amargas

A maioria das pessoas não gosta do sabor do café puro. Se você ou alguém que conhece apreciam realmente beber uma chávena sem açúcar ou adoçante, pode ser um sinal muito preocupante. Alguns estudos relacionaram a preferência por bebidas amargas com psicopatia.

Por exemplo, investigadores austríacos realizaram testes de caráter para descobrir quem apresentava traços de personalidade 'obscuros' (em particular, sadismo), e chegaram à conclusão de que há uma correlação bizarra entre ter tais características e saborear bebidas amargas. A conclusão foi publicada na revisa científica Appetite. 

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O motivo? É difícil saber, mas pode ser a percepção de que a bebida amarga é desagradável para os outros. Os psicopatas gostam naturalmente de desafios, de puxar os limites, e de se aproveitar do desconforto de outras pessoas. Ou pode ser apenas uma coincidência. É necessário ter em conta que, no que diz respeito à ciência, conclusões não podem ser tiradas de correlações. As relações mais fortes são causais.

É uma pessoa noturna

Funciona muito melhor à noite? Poderá possivelmente ser um sinal de que embarcou no comboio alfa da meia-noite rumo à 'cidade psicótica'.

No mundo dos distúrbios de personalidade, os cientistas denominam um conjunto particular de características de 'Tríade Negra' (o que provavelmente não é nada terapêutico para quem as tem). A tríade refere-se a psicopatia, narcisismo e manipulação. As pessoas que têm todos os três mostram uma preferência marcada por viver e agir à noite. 

Num artigo publicado na revista Personality and Individual Differences, investigadores argumentam que uma propensão ao sombrio evoluiu ao lado de traços psicopáticos porque é muito mais fácil fazer coisas sinistras quando ninguém as consegue ver. 

Adora pensar e falar sobre comida

Calma, não estamos a falar de alguém que vê obsessivamente reality shows sobre culinária ou que está sempre a dizer que está com fome. 

Um estudo publicado na revista Legal and Criminological Psychology descobriu que pessoas excessivamente obcecadas em discutir coisas como comida, sexo ou dinheiro tendem a ter tendências psicopáticas.

A pesquisa envolveu o exame de criminosos presos e os respectivos padrões de fala. Ao descrever os crimes que haviam cometido, os que apresentavam tendências psicopáticas tinham igualmente o hábito de se concentrarem em detalhes, como contar exatamente o que tinham comido no dia do crime. Na mente de um criminoso psicopata, é muito provável que a refeição tenha sido mais significativa do que seria para nós. O alimento forneceu uma necessidade física e foi mais memorável que a pessoa que podem ter morto. 

De facto, ao pesquisar os padrões de fala, tornou-se claro para os cientistas que os psicopatas estavam muito mais interessados em discutir necessidades físicas saciadas no momento do crime do que o crime em si, ao ponto de voluntariarem tal informação com mais facilidade do que qualquer outra.

Já os outros condenados estavam mais recetivos a falar sobre elementos sociais e emocionais, como família e religião – justamente o tipo de coisas sobre as quais a maioria das pessoas reflete durante um evento que arruína a sua vida, como estar preso.

Ou seja, como o cérebro psicopata é incapaz de processar esses conceitos, tudo o que resta é o cozido à portuguesa que comeu ao almoço. 

É amigo do seu ex

Outro estudo publicado no periódico científico Personality and Individual Differences sugere que algumas pessoas que optam por permanecer amigas de ex-parceiros não o fazem por razões de maturidade ou de bondade. 

Ao invés, a sua motivação está enraizada em traços clássicos da personalidade 'obscura': os psicopatas mantêm contato com um ex porque é um recurso conveniente para coisas como dinheiro, sexo ou informação.

Pelo menos foi o que afirmaram os participantes do estudo que tinham traços de personalidade psicopata. Estes indivíduos são capazes de fingir gentileza para garantir que terão ajuda quando inevitavelmente precisarem de algo da outra pessoa. 

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