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Cientistas descobrem novo tipo da infeção "devoradora de pele"

Após o internamento de um paciente em estado grave, médicos entenderam que crise aguda era resultado da infecção de duas bactérias diferentes.

Cientistas descobrem novo tipo da infeção "devoradora de pele"
Notícias ao Minuto

18:15 - 16/11/19 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Fasceíte Necrosante

Após estudarem uma infecção bacteriana que estava a corroer os tecidos de um paciente, médicos das Universidades de Maryland e do Texas, nos Estados Unidos, descobriram um agravante de uma doença já conhecida. Um artigo sobre o caso foi publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences.

A fasceíte necrosante, como é chamada, é uma condição que há muito é conhecida pela comunidade médica e ocorre por conta de uma infecção severa provocada pela bactéria Streptococcus pyogenes. Este microrganismo é comum no sistema digestivo, mas, quando entra em contacto com outras áreas do corpo, devora a pele, os órgãos e o que mais estiver à sua frente, com o intuito de se instalar na corrente sanguínea. 

Entretanto, os testes indicaram que a infecção havia sido causada por um outro microrganismo, denominado Aeromonas hydrophila. O quadro clínico evoluiu rapidamente, espalhando-se pelo baço e pelo fígado e tornando-se uma ameaça à vida do paciente. 

Tal intrigou os médicos, que decidiram avaliar a composição genética dos microrganismos que atingiam o doente e surpresa! Como relataram num comunicado à imprensa, explicam que a infecção não se deu por uma, mas duas cepas diferentes de bactérias do género Aeromonas, denominadas de NF1 e NF2.

Normalmente, a cepa NF1 permanece localizada e não atinge a corrente sanguínea ou os órgãos, sendo eliminada pelo sistema imunológico do hospedeiro. Já a NF2 produz uma toxina que quebra o tecido muscular e permite que o microrganismo se espalhe pelo corpo da vítima.

O problema, entretanto, ocorreu porque as duas espécies agiram ao mesmo tempo. "Uma das linhagens [NF2] produz uma toxina que quebra o tecido muscular e permite que a outra linhagem [NF1] migre para o sistema sanguíneo e infecte os órgãos”, explicou Rita Colwell, cientista responsável pelo caso.

Além disso, a equipa de médicos apurou que a NF2 permanece localizada e não se espalha pelo corpo, pois, quando entra em contacto com NF1, acaba por morrer. “Agora, temos a capacidade (...) de determinar os agentes infecciosos individuais envolvidos em infecções polimicrobianas", disse Colwell

A especialista espera que isso ajude os investigadores a desenvolverem métodos mais poderosos de combate a esses organismos, salvando mais vidas. "Quando tratamos com um determinado antibiótico, estamos a eliminar um organismo do corpo", explicou a especialista. "Mas se houver outro organismo que esteja a participar na infecção e que também seja patogénico, qualquer tratamento com antibióticos que não atinja essa outra espécie pode estar a abrir caminho para que esta se desenvolva". 

Após o diagnóstico ter sido realizado, o paciente pôde ser tratado pelos médicos e teve de ser operado. Embora lhe tenham sido amputadas ambas as pernas e ambos os braços, conseguiu sobreviver. 

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