Por trás de um suicídio existe uma rede complexa e interligada de fatores causais e identificá-los a todos pode ser uma tarefa exigente.
Assim, um grupo de cientistas da Universidade de Massachusetts Amherst e da Universidade Politécnica da Califórnia, San Louis Obispo, decidiu focar-se no papel do clima na saúde mental.
A procura por uma relação entre a temperatura e a saúde mental não é uma ideia nova, mas à medida que as questões ambientais estão na ordem do dia, fazendo parte do discurso político de vários países, faz com que seja o momento certo para afincar as investigações sobre o tema.
Para a realização do estudo, publicado no Journal of Health Economics, foram colecionados dados dos departamentos de emergência da Califórnia, entre os quais, informações sobre as visitas relacionadas com diagnósticos de saúde mental entre 2005 e 2016. Os investigadores obtiveram ainda o acesso a informações sobre suicídios nos EUA de 1960 a 2016.
A acrescentar, analisaram um estudo representativo nacional que teve mais de 4 milhões de entrevistados entre 1993 e 2012. Essas informações incluíam o seu estado de saúde mental.
Com isto, os autores foram capazes de desenvolver 'escalas espaciais e temporais', detalhando as temperaturas de cada mês em cada município dos EUA. Os autores concluíram que as temperaturas mais baixas diminuem o nível de resultados adversos para a saúde mental e que temperaturas mais altas aumentam os resultados negativos para a saúde. O mesmo acontece em locais com temperaturas mais elevadas.
